Ato na Paulista cobra dos patrões aumento real


Vagner Freitas, presidente da CUT, denunciou união dos patrões contra aumento real. Foto: Paulo de Souza / SMABC

Metalúrgicos da CUT e Força Sindical, bancários, químicos, petroleiros, metroviários e trabalhadores nos Correios denunciaram nesta quinta-feira (20), durante ato conjunto diante da Fiesp, a união dos patrões contra o aumento real das categorias que fazem sua Campanha Salarial no segundo semestre. Nos primeiros seis meses do ano, 96,5% das categorias em Campanha receberam aumento real.

Todos os discursos denunciaram que essa recusa acontece apesar dos empresários terem ganhado muito dinheiro com incentivos concedidos pelo governo federal, como a isenção de impostos, a redução nas taxas de juros e a desoneração da folha de pagamentos, entre outros.

“Se essas medidas não tiverem contrapartida para o trabalhador, como aumento real de salários, faremos ações imediatamente”, afirmou Vagner Freitas, presidente da CUT, que organizou o ato com as demais centrais sindicais.

“Toda vez que os trabalhadores se unirem para reivindicar seus direitos, os patrões tremerão”, completou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Solidariedade
O secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, afirmou que o ato  contribuirá para fortalecer a luta contra a intransigência dos patrões nas mesas de negociação.

“As greves nas empresas da base que não deram os 8% de reajuste também prosseguirão para aumentar nosso poder de pressão”, destacou.

Além dos Metalúrgicos do ABC, trabalhadores na categoria em todo o Estado cruzam os braços e exigem dos grupos patronais o reajuste de 8%.

Bancários e pessoal nos Correios continuam parados
Bancários e trabalhadores nos Correios começaram a parar nesta semana, depois de terem suas pautas rejeitadas pelos empresários. Os companheiros querem reposição da inflação, aumento real, mais contratações, entre outros pontos.

Também nesta semana, os petroleiros farão assembleias para discutir a proposta de reajuste oferecida pela Petrobras e sinalizam greve de 24 horas para a próxima semana se o acordo não for alcançado.

Já os trabalhadores do setor químico entregam na próxima semana sua pauta de reivindicações.

Da Redação