Sérgio Nobre será o secretário-geral da Central

Dos Metalúrgicos do ABC para a CUT Nacional

 

Roberto Parizotti

Sérgio Nobre nasceu na cidade de São Paulo, tem 47 anos e milita no ABC há mais de 30 anos. É casado e pai de dois filhos. Metalúrgico e graduado em Relações Internacionais pela Fundação Santo André, ingressou na categoria em 1980, como aprendiz do Senai, na Scania, em São Bernardo.

Em 1986, entrou na Mercedes-Benz, também em São Bernardo, onde integrou a CIPA e, depois, a Comissão de Fábrica, que coordenou por dois mandatos.

Entre 2002 e 2005 foi coordenador da Regional Diadema e, a partir de 2005, secretário de Organização do Sindicato, até ser eleito presidente, em 2008.

Coordenou também o setor automotivo da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT. Reeleito em 2011, cumpre o segundo mandato como presidente do Sindicato e representa os trabalhadores no Conselho de Competitividade do Setor Automotivo do Ministério da Indústria e do Comércio Exterior.

Tribuna Metalúrgica – Qual a importância de participar da direção da CUT?
Sérgio Nobre – Nosso Sindicato é simbólico por suas lutas e suas conquistas. Pretendo levar o debate regional de preservação da produção nacional para todo o Brasil, incluindo nas discussões outros ramos como construção civil, vestuário e setor químico, por exemplo. Quero ampliar a experiência dessas lutas que começaram no ABC, como a desoneração do imposto de renda sobre a PLR, entre outros temas, para o debate nacional.

TM – Qual será o principal desafio da CUT no próximo mandato?
Sérgio Nobre – Temos que repensar a estrutura organizativa da Central, debater questões como a aposentadoria complementar. Não podemos concordar que um trabalhador que receba 6 ou 7 mil reais por mês mal consiga pagar um plano de saúde quando se aposenta. A CUT tem o desafio de melhorar a vida do trabalhador fora do local de trabalho, na segurança, na saúde, no transporte.

TM – Qual será o papel da CUT na política nacional?
Sérgio Nobre – A Central tem a obrigação de ajudar o País a ter governos democráticos e populares. O caminho do desenvolvimento é o caminho do combate à pobreza.

Da Redação