Artur Henrique faz balanço de seis anos na presidência da CUT

Foto: Roberto Parizotti

O atual presidente da CUT, Artur Henrique, deixará nesta quinta-feira (12) o comando da Central após a eleição de uma nova diretoria para um mandato de três anos.

Ele aproveitou a realização do 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (Concut), que acontece em São Paulo, para fazer um balanço e resumir sua trajetória nos últimos seis anos à frente da Central. 

“Não fizemos tudo, mas fizemos muito”, iniciou o dirigente, ao destacar três pontos fundamentais do mandato. Primeiro, o projeto de um modelo de desenvolvimento democrático e popular; depois, a defesa incondicional dos direitos da classe trabalhadora; e, finalmente, a campanha por liberdade e autonomia sindical.

Artur destacou também a crise mundial de 2008, quando a CUT estabeleceu um plano de ação para evitar a redução de salários e conter a ameaça de perda de direitos dos trabalhadores.

“Naquele momento, incentivamos políticas de apoio ao consumo, como forma de manter a produção nacional e os empregos”, recordou.

“A prova do êxito de nossa iniciativa é o interesse de sindicalistas de todo o mundo, que até hoje desejam conhecer a nossa experiência no enfrentamento da crise”, disse.

Outro ponto que o dirigente lembrou foi o resgate dos princípios cutistas na campanha pela liberdade e autonomia sindical.  “Precisamos democratizar as relações de trabalho para garantir e ampliar os direitos de todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil”, defendeu.

“Para finalizar, faço questão de ressaltar a importância de nossa Central, que representa mais de 20 milhões de trabalhadores, como um dos mais importantes instrumentos de luta da classe trabalhadora brasileira”, concluiu Artur Henrique.

Conheça Artur Henrique
Artur Henrique da Silva Santos, 51 anos, é técnico eletrotécnico e sociólogo, formado pela PUC-Campinas. Tem duas filhas. Nascido na capital paulista, iniciou sua atividade sindical em 1983, quando foi eleito conselheiro representante dos trabalhadores da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz).

Em 1987, assumiu o cargo de diretor-executivo da entidade, depois da vitória da chapa de oposição cutista, a qual pertencia.

O Sindicato dos Eletricitários de Campinas foi o primeiro do Brasil a abolir, em 1991, a cobrança do imposto sindical. Ao contrário do que alegam alguns críticos, o fim da cobrança resultou em crescimento no número de filiados em aproximadamente 30%.

Em 1994, Artur Henrique trabalhou na unificação do Sindicato dos Eletricitários ao Sindicato dos Gasistas, que também compõe o setor energético da Central Única dos Trabalhadores, dando origem ao Sinergia-SP/CUT.

À frente da nova entidade, Artur Henrique foi protagonista da batalha contra as privatizações, entre 1994 e 1995.

Foi eleito presidente Nacional da CUT, em 2006, durante o 9º Congresso da entidade e reeleito no 10º Concut, em 2009.

Entre as mais de 20 lutas vitoriosas que travou na Central, estão a valorização do salário mínimo; a campanha em defesa do governo Lula; a aprovação do Plano Nacional de Educação; a Campanha pelo Trabalho Decente; e o Fórum dos Trabalhadores Ameaçados de Terceirização.

Da Redação