Artur Henrique defende agenda dos trabalhadores na abertura do Concut


Presidente da CUT fala na abertura do Congresso. Fotos: Roberto Parizotti

Com a presença de mais de 140 lideranças internacionais de 40 países diferentes e diversas autoridades sindicais e políticas do País, foi aberto na noite da última segunda-feira o 11º Congresso da Central Única dos Trabalhadores (Concut), realizado na cidade de São Paulo.

Durante a cerimônia, o presidente da CUT, Artur Henrique, destacou a importância da disputa política que se realizará no segundo semestre e conclamou todos a defenderem o projeto político democrático e popular.

“A CUT é independente, autônoma, mas tem lado e nós não temos vergonha de dizer isso. Vamos continuar defendendo os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil”, destacou o dirigente Central.

Artur considera inegáveis os avanços obtidos nos últimos anos – como a diminuição da pobreza e o crescimento do nível de emprego –, mas acrescenta que é preciso avançar na discussão da chamada agenda dos trabalhadores. “Ainda continuamos um país muito desigual. Estamos diante de uma disputa de projetos. Não podemos ter retrocesso”, afirmou.

O presidente da Câmara, o metalúrgico Marco Maia, elencou 14 votações que beneficiaram diretamente os trabalhadores, como a regulamentação do aviso prévio e a destinação de 10% do orçamento para a educação no País.

E fez questão de lembrar suas origens sindicais. “Tenho muito orgulho em dizer que sou torneiro mecânico e operário. Me sinto um dirigente sindical”, destacou. Marco Maia se comprometeu com a CUT a não permitir retrocessos nos direitos conquistados pelos trabalhadores e continuar na luta por avanços. 

A rotatividade é crime, diz ministro do Trabalho
Na abertura do Congresso, o ministro do Trabalho, Brizola Neto criticou a alta rotatividade nos postos de trabalho no Brasil.

“Não é possível que em um período de pleno emprego que vivemos aumente a cada dia os pagamentos de seguro-desemprego no País. A rotatividade é um crime e todos os brasileiros pagam por isso”, enfatizou.

Ele elogiou a luta da Central pela formalização do mercado de trabalho e destacou as medidas do governo para minimizar os efeitos da crise mundial.

“O Brasil é exemplo no enfrentamento da crise econômica, por estar passando longe dela. Nós queremos aumentar a produção e a competitividade, mas jamais vamos sacrificar direitos dos trabalhadores para isso”, prometeu Brizola Neto. 


2600 delegados foram inscritos para o Congresso

Conheça os números do 11º Congresso da maior central sindical da América Latina, a CUT 

– 2.600 delegados inscritos.
– 140 convidados internacionais.
– 300 observadores.
– 14 mil metros quadrados é o espaço total do Concut.
– 140 metros quadrados de palco.
– Plenário para 3 mil pessoas.
– 30 trabalhadores no credenciamento.
– 220 pessoas na montagem da estrutura, que consumiu 72 horas de trabalho.
– 80 pessoas para produção de 6 mil refeições diárias.
– 60 computadores.
– 25 estandes para entidades parceiras.
– 30 barracas para livreiros e artesanato.
– 21 hotéis.
– 35 ônibus.
– 2 ambulâncias com médicos.
– bombeiros.
– brigadistas. 

Da Redação