Metalúrgicos, químicos e têxteis de todo o mundo se unem


Valter Sanches fala durante o evento na Dinamarca. Foto: Divulgação / IndustriALL

Cerca de 1.300 delegados sindicais de 150 países estão reunidos até quarta-feira (20), em Copenhague, na Dinamarca, para oficializar a união das federações internacionais dos trabalhadores metalúrgicos, químicos e têxteis de todo o planeta em uma só entidade sindical, a IndustriALL Global Union.

O novo sindicato mundial representará cerca de 50 milhões de trabalhadores. “Hoje esses setores já são interligados pelas cadeias produtivas”, explicou Valter Sanches, diretor de Comunicação do Sindicato e de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT.  

“A união dos trabalhadores vai reforçar a solidariedade entre nós e trará mais força na luta e organização”, completou o dirigente, que acompanha o processo em Copenhague junto com o presidente Sérgio Nobre e o secretário-geral dos metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão.

Representatividade
A fusão das representações dos três ramos de atividade em todo o mundo não vai interferir nos sindicatos no Brasil. “As categorias não serão fundidas no País. Vamos melhorar o trabalho conjunto de solidariedade que já fazemos com os químicos e os têxteis”, esclareceu Sanches.

O dirigente disse que uma das preocupações dos sindicalistas da América Latina é com a representatividade que os trabalhadores do continente terão no interior da nova entidade.

“O continente vem ganhando mais importância no mundo nos últimos anos, principalmente pelo papel político do Brasil. Não queremos perder espaço no sindicato mundial”, alertou.

Da Redação