CUT fortalece luta contra o trabalho escravo

Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (24), na Secretaria de Direitos Humanos, a CUT fortaleceu seu compromisso de combater o trabalho escravo no Brasil. No encontro foram deliberadas várias ações que pressionarão os parlamentares da Câmara dos Deputados a votarem favoráveis à PEC 438/2001, que autoriza a expropriação de terras onde houver prática de trabalho escravo, revertendo a área ao assentamento dos colonos que já trabalhavam na gleba. 

“Desde 2008 a CUT faz parte do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, mas desde sua criação combate a prática. Pressionaremos os parlamentares a votarem pela PEC 438 para darmos este importante passo para a mudança do cenário atual, tornando o Brasil um país mais justo e igualitário para todos os trabalhadores e trabalhadoras”, afirma o secretário de Política Social da CUT-DF, Ismael José Cesar, que representou a CUT Nacional na reunião. 

No calendário de atividades, a CUT utilizará o dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, para verbalizar a necessidade da PEC contra o trabalho escravo. Já no dia 8 de maio, data prevista para a votação da Proposta de Emenda à Constituição no plenário da Câmara, a CUT, demais centrais sindicais e todos os envolvidos no combate ao trabalho escravo recepcionarão os parlamentares no aeroporto de Brasília. Nos dias 8 e 9 de maio, será feita uma vigília na Câmara dos Deputados em defesa da aprovação da PEC 438. Além disso, será feito um manifesto em defesa do fim do trabalho escravo e entregue a todos os parlamentares da Casa. 

De acordo com levantamento da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), das primeiras ações em 1995 até 2011, 41.451 trabalhadores foram resgatados da situação análoga a de escravos, o que resultou no pagamento de indenizações em torno de R$ 67,7 milhões. Além disso, 3.165 estabelecimentos foram inspecionados, com 35.788 autos de infração lavrados.

Da CUT Nacional