CUT defende o fim da atual estrutura sindical

A 13ª Plenária da CUT tirou uma posição clara a favor da reforma sindical, com o fim do imposto obrigatório e a definição de uma contribuição definida em assembleia de trabalhadores


Vagner Freitas, Secretário de Administração e Finanças da CUT. Foto: Dino Santos

Com a aprovação do Plano de Lutas e do calendário do Concut (Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores), que acontecerá entre 9 e 13 de julho de 2012, cerca de 700 militantes de todo o País encerraram sexta-feira os debates da 13ª Plenária Nacional da Central.

“Foi uma de nossas melhores plenárias”, comentou o secretário nacional de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas. “Realizamos nossos debates em um congresso independente de partidos políticos e com uma postura clara em favor da reforma sindical”, prosseguiu.

O dirigente contou que os participantes do encontro foram unânimes na condenação da atual estrutura sindical, que consideraram arcaica, antidemocrática e contrária aos interesses dos trabalhadores.

“Hoje, não podemos escolher a qual sindicato desejamos nos filiar porque somos tutelados por um modelo em que o Estado define tudo”, protestou Vagner.

Por isto, a plenária votou pelo fim do Imposto Sindical – que desconta para o sindicato um dia de trabalho por ano – independente de a pessoa ser sindicalizada ou não.

“Queremos a substituição desta cobrança obrigatória pela Contribuição Sindical definida em assembleias com ampla participação dos trabalhadores”, defendeu o secretário da CUT.

Outras decisões da Plenária destacadas por ele foram a luta pela ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que defende a liberdade e a autonomia sindical; a livre negociação dos servidores públicos e a formalização dos empregos para diminuir a rotatividade.

“Nosso próximo passo é levar estas propostas ao Congresso Nacional e batalhar por sua aprovação”, concluiu Vagner Freitas.

Da Redação