Atos da CUT pedem desenvolvimento com mais direitos

Trabalhadores tomaram a Praça da Sé, em São Paulo, e vários outros locais pelo País


Vagner Freitas. Fotos: Raquel Camargo / SMABC

Milhares de trabalhadores avermelharam nesta quarta-feira (6) as principais cidades do País em atos convocados pela CUT, Marcha Mundial das Mulheres, Central de Movimentos Populares e Movimento dos Sem Terra, por um modelo de desenvolvimento que leve em conta as reivindicações da classe trabalhadora por mais direitos, mais empregos, melhores salários e condições de vida.

Em São Paulo, o vermelho das camisetas, bonés e bandeiras tomaram as ruas centrais, com os trabalhadores fazendo uma caminhada entre a Praça da Sé e a Praça do Patriarca, onde houve um ato político.

Vagner Freitas, da CUT, disse que o papel dos trabalhadores é fazer o movimento de massa dar sustentação ao governo federal e pressionar o Congresso conservador para colocar em votação a pauta dos trabalhadores.

Essa agenda quer o fim da terceirização e do fator previdenciário, a redução da jornada, a reforma agrária, uma educação pública de qualidade, a reforma tributária na qual os ricos paguem mais, mudança na estrutura sindical que reconheça o direito dos trabalhadores se organizarem nos locais de trabalho e outras.  

Para Vagner, a pauta dos trabalhadores no Congresso é a pauta do desenvolvimento, que se promove com melhores empregos e melhores salários.

“Não podemos abrir mão dos nossos sonhos. Para mudar o Brasil e transformar a sociedade é preciso sair às ruas e fazer a luta de classe. Nós temos em nossas mãos a chave do nosso destino”, concluiu Vagner. 


Sérgio Nobre

“É preciso melhorar a qualidade do emprego”
O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, disse durante a manifestação que o crescimento do emprego não está melhorando sua qualidade, citando como exemplo que metade dos trabalhadores não tem carteira assinada.

Ele comentou que os empregos com qualidade estão indo para outros países e que é preciso sair às ruas como a CUT estava fazendo para elevar o grau de conscientização dos trabalhadores e melhorar as condições de vida.

“É uma alegria ver a praça toda vermelha, pois nada vem de graça, nada vem sem mobilização”, afirmou.

Para Adi dos Santos Lima, presidente da CUT São Paulo e organizador do ato no Estado, “a união dos trabalhadores será nossa ação para o Congresso aprovar os projetos de interesse de nossa classe”.

Veja a Galeria de Fotos do Ato na Praça da Sé: http://bit.ly/pSdqiY

Da Redação