Ato da CUT por outro modelo de desenvolvimento para o País será nesta quarta (6)
Nesta quarta-feira, dia 6, a CUT realiza o Dia Nacional de Mobilizações junto com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a Marcha Mundial das Mulheres e a CMP (Central dos Movimentos Populares).
Em diversos Estados do País ocorrerão manifestações para apresentar à sociedade as pautas de reivindicações que farão parte da luta da CUT e dos movimentos sociais neste semestre (leia nesta página).
Em São Paulo, a concentração será na Praça da Sé, às 10h. Em seguida, haverá uma caminhada pelas ruas do centro até a Praça do Patriarca, onde acontecerá o ato.
Cerca de 10 mil militantes de várias regiões do Estado são esperados na manifestação. “Mostraremos à população, por exemplo, que a política de privatização realizada no Estado há anos é desastrosa. Basta ver o caso dos pedágios, que apenas em julho teve aumento de até 9,77%”, disse Adi dos Santos Lima, Presidente da CUT São Paulo.
Ele destacou que a Central deseja outro modelo de desenvolvimento para o Brasil, com alteração da política econômica que continua com um modelo concentrador e conservador.
Segundo Artur Henrique, presidente Nacional da CUT, as ações desta quarta explicarão ainda mais o porquê da CUT optar por fazer mobilizações não unificadas com as outras centrais.
“A diferença não é só de pauta, mas de concepção e prática, até mesmo nos pontos em que supostamente há convergência”, justificou.
Esta é a pauta da CUT
- Redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário;
- Liberdade e autonomia sindical;
- Fim do imposto sindical e implantação da contribuição negocial coletiva aprovada pelos próprios trabalhadores em assembleias;
- Implementação da agenda do trabalho decente, com mais e melhores empregos, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres;
- Fim da precarização e da terceirização;
- Fim do fator previdenciário;
- Por uma reforma política que amplie a democracia direta e fortaleça a democracia representativa;
- Por uma reforma tributária progressiva com base na renda e no patrimônio;
- Reforma agrária;
- Aprovação da PEC de combate ao trabalho escravo;
- Limite de propriedade da terra para diminuir a enorme concentração;
- Mudança do modelo agrário, com a ampliação dos recursos e de políticas públicas para a agricultura familiar;
- Contra os especuladores do agronegócio.
Da Redação