Sindicatos pressionam Congresso para votar projetos trabalhistas

A partir desta terça-feira (14), os representantes das centrais sindicais vão ficar na frente do Congresso para negociar com os parlamentares a votação de projetos que tratam de direitos trabalhistas. Os atos de mobilização vão acontecer todas as terças e quintas-feiras.

Alguns deles tramitam há tempos pelo Congresso, como a redução da jornada, a regulamentação do trabalho terceirizado e o fim do fator previdenciário. Sobre essa última questão, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, acenou na semana passada com a possibilidade de substituir o mecanismo que, segundo ele, é “maldito para a maioria da população”.

Substituição cuidadosa
De modo geral, o fator previdenciário desestimula o trabalhador a se aposentar precocemente. Segundo o INSS, com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, calculada pelo IBGE, a partir de agora um segurado de 55 anos de idade e 15 de contribuição teria de contribuir com mais 41 dias para ter direito ao mesmo valor de benefício que teria anteriormente.

Apesar de reconhecer a necessidade de substituição do fator, o ministro alertou que ela deve ser feita com cuidado, porque o mecanismo gera recursos à Previdência da ordem de R$ 10 bilhões.

O Congresso chegou a aprovar uma emenda a uma medida provisória que previa o fim do fator previdenciário, mas ela foi vetada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma nova proposta no mesmo sentido está tramitando atualmente no Congresso.

Manifestações
Além do “corpo a corpo” com deputados e senadores, os dirigentes da Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores), UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e Nova Central apresentaram uma agenda unificada de mobilizações por todo o Brasil, com início previsto para julho.

“Fizemos alguma coisa no primeiro semestre. Agora, no segundo semestre, queremos entrar com o pé no acelerador”, disse o presidente da Força, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, conforme publicado pela Agência Brasil.

No dia 6 do próximo mês, vão para as ruas os trabalhadores do Centro-Oeste, no dia 14, os da Região Norte, no dia 21, os do Nordeste, no dia 28, os da região Sul, e no dia 3 de agosto, os do Sudeste. “Em São Paulo, faremos nosso grande ato”, anunciou Paulinho da Força, acrescentando: “Queremos fazer a maior passeata da Avenida Paulista”.

Do InfoMoney