Metalúrgicos de Santo André e Mauá decidem nesta terça-feira se vão fazer greve

A decisão de parar a produção nas metalúrgicas de Santo André e Mauá, a partir de amanhã, depende da contraproposta apresentada, até hoje, pela bancada patronal – prazo limite, estipulado pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.

Os trabalhadores aguardam a posição dos empresários quanto às cláusulas econômicas e sociais presentes na pauta da campanha salarial deste ano.

Segundo Cícero Firmino, o Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, até o fim da tarde de ontem algumas bancadas patronais já haviam apresentado propostas quanto aos itens reivindicados. “Estamos aguardando a posição dos representantes do Grupo 10. Os demais já expuseram os índices de reajustes salariais.”

O líder sindical explica que a categoria não irá aceitar aumento salarial inferior a 9%. “Essa foi uma determinação feita pela federação aos mais de 50 sindicatos filiados. Afinal de contas, estamos vivendo bom período na economia. As fábricas têm demanda e estão faturando. Logo, o que estamos reivindicando é totalmente viável às empresas.”

Em 2009, a base alcançou reajuste de 6,53% (com reposição da inflação e 3% de aumento real), devido à crise financeira mundial.

Pauta
A classe trabalhista, formada por 24 mil funcionários das 500 fábricas instaladas entre as duas cidades, pede, além do reajuste, piso salarial de R$ 2.050 para todos os funcionários – atualmente, em empresas menores, a remuneração é de R$ 770.

Entre as cláusulas sociais estão a redução de jornada, de 44 para 40 horas – com a manutenção dos salários; e a ampliação da licença-maternidade para 180 dias (de quatro para seis meses). A data-base dos metalúrgicos dos dois municípios é em 1º de novembro.

Do Diário do G. ABC