Campanha Salarial: Estabilidade pode voltar no G 10
Tema foi o principal assunto da segunda rodada de negociações, nesta quinta-feira
Divulgação – FEM/CUT Mesa de negociação com a bancada patronal do G 10, em 27 de julho, na Fiesp |
Os 15 mil metalúrgicos nas empresas do G 10 (lâmpadas, material bélico, estamparia e outros) na base da CUT em São Paulo poderão ter novamente assegurada na Convenção Coletiva de Trabalho a cláusula que garante estabilidade até a aposentadoria ao portador de sequelas por acidente do trabalho e doença profissional.
Este foi o principal assunto da segunda rodada de negociações da Campanha Salarial entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) e a bancada patronal do G 10, que aconteceu nesta quinta-feira, na sede da FIESP.
“Faz 10 anos que garantimos este direito aos trabalhadores deste grupo por meio de ação judicial”, explicou o presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro. “Nesta Campanha, temos a chance de garantir este avanço na mesa de negociação”, completou.
O coordenador da bancada do G 10 também admitiu a possibilidade de construção da cláusula. “Vamos trabalhar para chegarmos a um consenso”, disse Márcio Antonio D´Angiolella.
A próxima rodada de negociação com o grupo foi agendada para sexta-feira da semana que vem, dia 13, às 10h, na sede da Fiesp.
Histórico
A cláusula que garante estabilidade até a aposentadoria ao portador de acidente do trabalho e doença profissional é assegurada nas Convenções Coletivas de Trabalho em todos os grupos desde 1985.
No, G 10 este direito esteve garantido até 1999. A partir de 2000, os patrões foram à Justiça para derrubar o direito. Ao longo deste período, a FEM-CUT conquistou oito vitórias no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Ontem também houve negociação com o G 8, sem avanço nas discussões.
Mobilização pela licença de 180 dias
A luta pela adesão das empresas à licença maternidade de 180 dias ganha força nas assembléia de mobilização da campanha.
“Não podemos esperar que o Congresso Nacional vote a medida. Em ano eleitoral ela pode ser engavetada, daí a luta para conquistarmos a ampliação da licença na Convenção Coletiva”, disse Ana Nice Carvalho, da Comissão de Mulheres Metalúrgicas, ontem, em assembléia na Fiann.