Metalúrgica deixa escritório e vai para a linha de produção

"Sindicato não é esse bicho de sete cabeças que eu imaginava, e sim uma organização muito bem estruturada", afirma Bruna, montadora na Mercedes

Rossana Lana

Bruna Levitzchi Natal, montadora na Mercedes-Benz

Formada em administração de empresas, Bruna Levitzchi Natal, de 25 anos, trabalha na linha de montagem final de caminhão pesado da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo. Ex-estagiária da área administrativa da montadora, Bruna trocou o escritório pela produção desde maio do ano passado.

“No começo, foi meio esquisito, porque só trabalhavam homens na linha de produção”, conta ela. “Mas durou pouco, porque logo eu conquistei a confiança deles com o meu trabalho.”

Na semana passada, Bruna participou da primeira aula de sindicalismo prevista no acordo da convenção coletiva assinado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e as montadoras e fabricantes de autopeças da região, em outubro do ano passado.

A Mercedes foi a primeira fabricante a ratificar o acordo, concordando em liberar seus funcionários para um dia de curso. “Agora, eu sei que o Sindicato não é esse bicho de sete cabeças que eu imaginava, e sim uma organização muito bem estruturada. Curti muito conhecer as lutas e tudo o mais”, contou a metalúrgica.

Estado de S. Paulo, com Redação

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