Governo vai rever tarifa de importação

Reivindicação foi apresentada pelos presidentes do Sindicato, Sérgio Nobre, e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT, Carlos Grana. A proposta tem o objetivo de garantir empregos ameaçados pelas compras externas.


A equipe do Ministério reunida com sindicalistas

Limitar a importação para manter emprego na categoria

O governo vai rever a redução da alíquota de importação de autopeças. A garantia foi dada pelo ministro Miguel Jorge, da Indústria e Comércio, ao presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, em audiência na última terça-feira.

O dirigente esteve em Brasília acompanhado pelo presidente e o secretário da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT, Carlos Grana e João Cayres, e Miguel Torres, da Confederação dos Metalúrgicos da Força Sindical.

Eles apresentaram um estudo a Miguel Jorge mostrando que 28 mil empregos estão em risco no setor metalúrgico por causa das importações de autopeças.

Desequilíbrio
A importação desses componentes vem crescendo mês a mês. Só no primeiro trimestre deste ano o Brasil comprou o total de R$ 4,93 bilhões de peças do exterior e vendeu apenas R$3,23 bilhões.

Os motivos são o real valorizado, o crescimento da demanda por causa do aumento da produção de veículos e a alíquota de importação que caiu de 16% para 9%.

“Estamos aqui exigindo que o governo assuma um compromisso com os trabalhadores brasileiros e a indústria nacional”, cobrou Grana.

Máquinas enfrentam o mesmo problema
No mesmo estudo levado ao Ministério, os sindicalistas mostraram que outros 50 mil empregos estão ameaçados no
setor de máquinas.

O motivo é o mesmo, as importações, inclusive de máquinas, equipamentos e ferramentas usadas.

O ministro determinou à sua equipe medidas emergenciais para resolver problema e volta a se reunir com os metalúrgicos em duas semanas.

Aumento – Sérgio Nobre explicou que a crise provocou a retração dos mercados e os países atingidos querem empurrar equipamentos usados para o Brasil. “É preciso que o governo tenha um compromisso com o emprego no Brasil e não lá fora”, afirmou.

Ele defendeu o aumento do imposto de importação desses itens para proteger a produção e o emprego no Brasil.