Oficinas de poder e de comunicação


Para Raquel Moreno, a tevê define padrões de comportamento

A democracia brasileira avança, mas o País tem a segunda pior representação feminina na política. “Isso acontece porque a sociedade nos molda segundo suas expectativas. Não há lei que nos impeça de ocupar qualquer espaço político, mas a tradição cultural diz que esse não é nosso lugar”, respondeu a pesquisadora Vera Soares, que comandou a oficina A luta pelo espaço: as mulheres e o poder.

Ana Nice, da Comissão de Fábrica da Panex, lembrou que a sociedade divide as tarefas entre homens e mulheres. “Cabe a nós um trabalho considerado de pouco valor, alguma ocupação que a opinião coletiva considera natural da mulher, como cuidar da família”, concluiu.

Comunicação – A mulher que os meios de comunicação apresentam não é a verdadeira. Essa é a conclusão da oficina Mais visibilidade e mais respeito: as mulheres e os meios de comunicação.
“A televisão, em particular, quer determinar o que vemos, o que usamos e o que consumimos”, descreveu Andréa de Souza, diretora do Sindicato e da Comissão de Mulheres. “Quem é gorda tem de emagrecer, as baixas tem de usar salto alto” prosseguiu.

A psicóloga Raquel Moreno, condutora da oficina, explicou que essa manipulação e distorção acontecem porque os meios de comunicação são ligados ao grande capital. Ou seja, o lucro vem na frente.