Avança integração Latino Americana e do Caribe

Reunidos em Cancun, no México, presidentes e chefes de Estados de 33 países da América Latina e Caribe criaram a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) integrando todas as nações da região, inclusive Cuba. Ficaram de fora EUA e Canadá, indicando que as nações do continente querem aprofundar sua união e independência.

Novo organismo inclui Cuba e exclui EUA e Canadá

Os países da América Latina e do Caribe aprovaram, durante a cúpula regional no México, a criação de um novo bloco que represente todas as nações da região sem a participação do Canadá e dos Estados Unidos, e com a presença de Cuba.
Com o nome temporário de Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o organismo vai impulsionar a integração regional e funcionar, na prática, como uma alternativa à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Principal fórum das relações regionais nos últimos 50 anos, a OEA tem sido duramente criticada por suas seguidas decisões favoráveis aos norte-americanos em uma série de embates políticos e comerciais entre os EUA e países da região.

Cuba
Essa intenção aparece na primeira declaração conjunta do grupo, que condena a dominação britânica sobre as Ilhas Malvinas e apoia o protesto argentino contra empresas inglesas que iniciaram a prospecção de petróleo em águas territoriais do arquipélago. A OEA omitiu-se sobre a questão.
Outra ponto é a presença de Cuba, excluída da OEA, na Celac. O presidente cubano, Raúl Castro, disse que a criação do novo bloco tem transcendência histórica por ser um passo no caminho que acaba com o isolamento de seu país.

Lição
Para o presidente Lula, o processo de criação da Celac em apenas dois anos só foi possível porque a crise econômica mundial trouxe uma lição aos países da região.
“Quando veio a crise nos países ricos, os pobres participaram do pagamento dessa crise”, afirmou. “Aprendemos que nós temos de procurar outros mecanismos de sobrevivência”, acrescentou.