Eles não querem largar o osso!

Patrões se articulam contra o projeto de banda larga popular. Com o pomposo nome de 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, os barões da mídia vão se reunir em São Paulo para tentar destruir plano do governo federal que quer levar conexão de internet rápida a 30 milhões de pessoas das classes C, D e E.

Liberdade de expressão, não! Liberdade de lucro

Os barões da comunicação no Brasil, donos das poucas e grandes empresas que dominam o setor, se encontram nesta segunda-feira, em São Paulo, no 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão. No encontro, falarão sobre o que chamam de “ameaças à democracia no Brasil” e “restrições à liberdade de expressão”.

O nome é pomposo e esconde que o principal alvo dessa articulação patronal é o combate ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) do governo federal, que pretende levar a conexão de internet rápida a 30 milhões de pessoas das classes C, D e E em 4.300 cidades brasileiras.

Oposição
O ataque da mídia contra o PNBL começou no início do ano com críticas à reconstrução da parte não privatizada da Telebras. A empresa, conforme projeto em elaboração, seria a responsável pelo Plano.

Mais recentemente, o massacre prosseguiu com a tentativa do jornal Folha de S. Paulo, seguido depois pelos demais, de se criar um escândalo sobre a história de um empresário que, investindo apenas R$ 1,00, ganharia R$ 200 milhões com a Telebras.

Cartório
Segundo o jornalista Luís Nassif, a oposição da Folha ao PNBL visa manter um lucrativo privilégio. Para acessar a banda larga de uma operadora, o assinante paga um provedor, que são instituições controladas, em sua maioria, pelas empresas de comunicação, que nada tem a ver com a operação.

Com a rede pública de banda larga proposta pelo PNBL desaparece a figura do provedor de acesso, inviabilizando os que estão em operação como o UOL da Folha, a NET e Globo.com, da Globo, a Telefônica da própria Telefônica etc. “Por aí se entende o interesse da Folha em bombardear o projeto de banda larga do governo”, afirmou o jornalista.