Crise – Corte de gastos causa protestos na Europa

A Grécia amanheceu quase totalmente paralisada por uma greve geral convocada pelas centrais sindicais ontem, em protesto contra medidas de arrocho adotadas pelo governo sob o pretexto de tirar o país da crise econômica.

O governo quer cortar em 10% os gastos públicos deste ano, aumentar para 63,5 anos a idade para a aposentadoria e congelar os salários do funcionalismo.

“Exigimos do governo que as pessoas e suas necessidades sejam colocadas acima dos mercados e dos lucros”, afirmou Stathis Anestis, membro da executiva da Confederação Geral de Trabalhadores da Grécia.

FMI – O governo responde que não há alternativa para superar a crise que ameaça a credibilidade da zona do euro. Os outros países que utilizam a moeda exigem que a Grécia corte investimentos em profundidade e resolva a questão da dívida pública de R$ 720 bilhões.

Uma equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI) está no país para supervisionar a execução das medidas.

Espanha – Na Espanha, milhares de trabalhadores participaram na terça-feira de uma marcha convocada pelos sindicatos em protesto contra as propostas do governo de fazer uma reforma trabalhista, aumentar a idade da aposentadoria de 65 para 67 anos e fazer um corte de gastos de R$ 140 bilhões.

A justificativa apresentada pelo governo foi a mesma dos políticos gregos. Sem as medidas de arrocho o país não conseguirá sair da crise econômica que enfrenta.

Portugal – Em Portugal, os trabalhadores do setor público convocaram uma greve nacional de 24 horas para a próxima quinta-feira, em protesto contra o congelamento de salários imposto pelo governo como parte de um plano para reduzir o déficite orçamentário.

A justificativa apresentada pelo governo português foi igual a dos governos grego e espanhol.