Possível vice de Serra continua preso na PF


Arruda (à esq.) era cogitado para ser o vice na chapa de Serra

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e cinco auxiliares completam hoje oito dias da prisão preventiva decretada na última quinta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob denúncia de tentativa de obstrução de Justiça. Eles também são acusados de operar um esquema de corrupção e pagamento de propinas a políticos de Brasília.

A prisão ocorreu depois que um dos auxiliares de Arruda foi flagrado quando entregava R$ 200 mil a um jornalista. Em troca, o jornalista faria uma declaração afirmando que os vídeos que mostram políticos de Brasília recebendo dinheiro foram manipulados por Durval Barbosa, delator do esquema e colaborador da operação Caixa de Pandora (leia abaixo).
A prisão pode alterar o quadro eleitoral do País. Arruda seria indicado por seu partido para formar com o governador de São Paulo, José Serra, a chapa PSDB-DEM nas eleições para a Presidência da República deste ano (leia abaixo).

Impeachment
O STJ determinou também a saída de Arruda do governo do Distrito Federal. É a primeira vez na história do Brasil que um governador é afastado durante o exercício do poder.

No lugar de Arruda assumiu o vice, Paulo Otávio (DEM), que enfrenta cinco pedidos de impeachment e denúncias de ter recebido irregularmente pelo menos R$ 10,4 milhões do governo do Distrito Federal.