Mobilização na ZF Sachs

Objetivo principal é regularizar o Comitê Sindical. Reivindicações incluem também mudanças no convênio médico, no transporte e no plano de cargos e salários.


Moisés fala na assembleia que decidiu encaminhar várias reivindicações à direção da empresa

Luta pelo reconhecimento do CSE

A regularização do Comitê Sindical de Empresa pela fábrica é o maior objetivo dos trabalhadores na ZF Sachs, de São Bernardo, para este ano, conforme decidido em assembleia na última sexta-feira.

Na mesma ocasião, os companheiros aprovaram pauta exigindo mudanças no convênio médico, no transporte e no plano de cargos e salários.

Para o coordenador de base, Moisés Selerges, o reconhecimento e a regularização do CSE é fundamental para fortalecer a luta dos companheiros.

“Os conflitos de trabalho são naturais, porém devem ser tratados de forma respeitosa”, disse. “O Comitê não existe somente para discutir nossas reivindicações”, prossegue.

Exemplo de casa
“Ele cuida também de tudo o que envolve investimentos, produtividade e também o crescimento da fábrica, por que não? Assim, todos ganham com a regularização do CSE”, completa o dirigente.

Segundo Paulo Márcio Nogueira, o Arrepiado, do CSE, a organização no local de trabalho não é novidade para a ZF Sachs.

“Na Alemanha, onde está a matriz da empresa, o comitê é reconhecido e tem ampla liberdade de atua-ção”, compara.

“O pessoal na Alemanha já mandou o recado que está solidário conosco e que tem todo o interesse em nossa luta”, comenta Arrepiado.

Pauta aprovada por unanimidade
As outras reivindicações aprovadas na assembleia são transporte para todos, já que o serviço só atende parte dos companheiros; ampliação do plano médico devido à limitada rede credenciada; e que o plano de cargos e salários funcione com transparência e justiça.

“Ninguém conhece os critérios de promoção”, diz Moisés. “Parece até que depende da cor dos olhos do trabalhador conseguir um aumento salarial”, protesta.
“A pauta foi aprovada por unanimidade, demonstrando que os trabalhadores estão unidos e exigem uma agenda de reuniões o quanto antes”, finaliza o dirigente.