Luta por respeito e melhores condições na F. Johnson

A produção foi interrompida por quatro horas, ontem, para realizar ato de protesto contra a demissão de uma companheira com estabilidade no emprego e para exigir melhores condições de trabalho.


Trabalhadores param e exigem respeito

Uma parada na produção por quase quatro horas, ontem pela manhã, foi a resposta da companheirada na F. Johnson, em Diadema, à demissão de uma trabalhadora com estabilidade. O ato também foi um protesto contra as condições de trabalho na empresa.
A companheira sofre de LER/DORT no ombro esquerdo, contraída no trabalho. Ela já passou por cirurgia e esteve afastada pelo INSS nos últimos meses.
Por tudo isso, sua estabilidade no emprego está garantida por nossa convenção coletiva e por lei. Porém, no seu retorno à F. Johnson no último dia 18, a metalúrgica foi demitida arbitrariamente.
“É uma fábrica que comete muitas injustiças”, denunciou Claudionor do Nascimento, diretor do Sindicato. “Por isso, nossa manifestação foi muito positiva. O pessoal se uniu e decidiu manter a mobilização até a fábrica rever a demissão e atender nossas reivindicações”, completou.

Pauta
Segundo o dirigente, os principais pleitos dos trabalhadores são uma relação de respeito por parte da fábrica e que a empresa cumpra a legislação trabalhista e a convenção coletiva do Grupo 8, do qual faz parte.
“Dia desses, uma companheira foi reclamar uma diferença em seu salário e acabou advertida por insubordinação”, relatou Claudionor, dizendo que posições autoritárias como essa são comuns.
Os trabalhadores querem ainda negociar a PLR, prática que não existe na fábrica, refeição no local de trabalho e horas extras pagas no holerite e não à parte.
“O pessoal mostrou muita consciência em se solidarizar à trabalhadora demitida e em se mobilizar por seus direitos”, finalizou o dirigente.