Jovens do IG Metall participam de intercâmbio na CNM/CUT

A delegação, formada pelos companheiros Frank Luetticke, Sergio Cicciari e Stefanie Hampe e Sascha Jungnitz, que fazem parte do coletivo de juventude do IG Metall estão no Brasil durante esta semana para discutir novos projetos de parceria entre as entidades.

Segundo o secretário-geral da CNM/CUT, João Cayres, o programa de intercâmbio para troca de experiências já existe há mais de 15 anos. “Nesse momento, sentimos a necessidade de avançar com novos projetos mais específicos e é por essa razão que eles estão aqui”, disse.

No primeiro dia de atividade no Brasil, foi realizado um debate sobre a crise, que deixou claro que os impactos foram bem diferentes nos dois países. E a juventude não foi poupada. “Dentro do sistema alemão de aprendizagem, os jovens fazem a formação profissional dentro das fábricas por três anos e já começam a trabalhar após o término deste processo, mas durante a crise os empresários demitiram os aprendizes”, afirmou Frank Luetticke.

Por isso foi criada uma campanha pelos jovens, a “Operação Uebernahme”, que exige que os aprendizes passem a ganhar o mesmo salário dos demais trabalhadores. “Essa é uma luta política, porque a lei não garante que os empresários garantam os empregos destes jovens”, diz, já que a campanha busca garantir as vagas de trabalho dos aprendizes depois do período de formação na empresas.

Outra pauta que será debatida durante o intercâmbio é que trata do projeto “Sindicato ao Mundo”, que consiste basicamente em vivenciar por um período maior as experiências sindicais entre Brasil e Alemanha e assim ampliar o trabalho internacional. Além disso, brasileiros e alemães também terão a oportunidade da construção conjunta de uma proposta de formação sindical com ações multiplicadoras. Os dirigentes da CNM/CUT gravaram um depoimento de apoio à campanha (confira no vídeo abaixo).

Para a secretária de Formação da CNM/CUT, Michele Ida Ciciliato, é importante para a CNM a continuidade da parceria. “O intercâmbio trouxe muitos resultados práticos, como a organização dos coletivos, cláusulas em convenções de trabalho e um envolvimento maior da juventude na atuação sindical”, finalizou.

Da CNM/CUT