CUT protocola pedido de impeachment de governador tucano

Entre as acusações, os representantes do poder Executivo do Distrito Federal são suspeitos de corrupção ativa e passiva e crime de responsabilidade

Cutistas organizaram mobilização Assim como outros segmentos da sociedade civil, a CUT-DF protocolou, nesta quarta-feira (2), um pedido de impeachment do governador José Roberto Arruda e seu vice, Paulo Octávio.

Entre as acusações, os representantes do poder Executivo do Distrito Federal são suspeitos de corrupção ativa e passiva e crime de responsabilidade. No pedido de impeachment da Central, ainda é exigido que Arruda e Paulo Octávio ressarçam o dinheiro desviado do Tesouro Público do Distrito Federal. “Entendemos que as denúncias são gravíssimas e, por isso, a sociedade civil não pode somente assistir, mas lutar pela justiça e pela dignidade do Distrito Federal”, afirmou a presidente da CUT-DF, Rejane Pitanga.

Além da CUT-DF, mais cinco pedidos de impeachment foram protocolados na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Arruda disse que propina era para comprar panetonePressão popular agiliza demanda da CLDF

Centenas de pessoas de diversas tendências políticas, movimentos social e estudantil, centrais sindicais e sindicatos marcaram esse dia 2 de dezembro. Mobilizados em frente à CLDF, os manifestantes, das formas mais inusitadas, pediram o impeachment do governador local José Roberto Arruda e seu vice, Paulo Octávio, além da cassação de todos os parlamentares envolvidos no esquema de arrecadação e distribuição ilícita de dinheiro público.

A CUT-DF e seus sindicatos filiados também marcaram presença. Além de apitos, camisetas e cartazes com a frase “fora Arruda”, os manifestantes realizaram um velório simbólico do governador do DF com direito à marcha fúnebre e uma oração parodiando a imagem veiculada nas TVs dos deputados Leonardo Prudente (DEM), Brunelli (PSC) e do ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, agradecendo à Deus o dinheiro vindo dos cofres públicos.

A ação rendeu resultados positivos. Após ocupar o plenário da Casa, os manifestantes garantiram que seis parlamentares fizessem a leitura dos pedidos protocolados na CLDF. A bancada do PT, composta pelos deputados Paulo Tadeu, Chico Leite, Érica Kokay e Cabo Patrício (presidente interino da Casa), além de Reguffe (PDT) e Jacqueline Roriz (PMN) garantiram o quorum mínimo para abertura de uma sessão extraordinária.

Depois da leitura dos processos, os pedidos de impeachment seguirão para a Procuradoria da Casa, que terá 24 horas para dar um parecer. Depois disso, vão para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) onde, se tiverem três dos cinco votos, vão a plenário. Para que os pedidos sejam aprovados no plenário, é necessário que 13 dos 24 parlamentares acatem a reivindicação.

Ainda nesta quinta-feira (3), às 15h, será realizada a eleição do Corregedor.

Reunião na OAB

Na manhã desta quarta-feira, representantes da CUT-DF se reuniram com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, e a presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros. A ação marcou o apoio da Central ao processo de abertura de impeachment da Ordem contra Arruda e Paulo Octávio. “A OAB sempre esteve presente em todas as lutas sociais e, por isso, espero que não seja diferente no caso do governo Arruda”, disse a presidente da CUT-DF.

“Para termos um Brasil melhor é preciso tratar a política como uma coisa séria. Não se concretiza sonhos quando a política é comprada”, discursou Britto. Segundo ele, a Ordem mostrará que a política deve “ser feita com ética, cumprindo todos os princípios estabelecidos”.

A iniciativa da Ordem foi tomada na última segunda-feira (30/11) em reunião entre a OAB-DF e a Nacional. A medida ainda será examinada nesta quinta-feira (3/12) em sessão do conselho da OAB-DF. De acordo com a Ordem, Arruda pode ser alvo de impeachment por violação do crime de responsabilidade.

Da CUT