Metalúrgicos conquistam reivindicação histórica, mudança na data-base no Grupo 10

A bancada concordou em mudar de 1º de novembro para 1º de setembro. A alteração já entra em vigor neste ano

Depois de muita de negociação, a bancada patronal do Grupo 10 (que reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, material bélico, estamparia, equipamentos odontológicos entre outros) aceitou a reivindicação da FEM-CUT e mudou a data-base dos trabalhadores do setor, de 1º de novembro para 1º de setembro. A alteração já entra em vigor neste ano.

A bancada patronal também ofereceu reajuste salarial de 5,83% (3,75% de INPC referente à nova data-base, que totaliza 10 meses, de 1º de novembro de 2008 a 1º de agosto de 2009 – e mais 2% de aumento real). Esta proposta econômica será avaliada pelos sindicatos filiados nas assembleias nas regiões.

O presidente da FEM-CUT, Valmir Marques (Biro Biro), frisa que a mudança da data-base do G10 significa uma conquista histórica para a categoria metalúrgica cutista. “Agora, conseguimos unificar a data-base de todos os setores metalúrgicos em um único mês, fato que nos deixa felizes com esta vitória. Demos um passo importante rumo à construção do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho colocando São Paulo como o Estado em que todos os setores metalúrgicos negociarão as reivindicações da Campanha Salarial em 1º de setembro”, frisa Biro Biro.

Avanços Sociais

A bancada patronal concordou em avançar na melhoria de algumas cláusulas sociais. Sobre o direito “às garantias sindicais”, o dirigente sindical ganhará mais um dia para fazer cursos. A CCT hoje assegura o período de oito dias e com a alteração passará para nove. Já o DSR (Descanso Semanal Remunerado) teve a seguinte mudança: hoje o trabalhador tem o direito de atrasar até 30 minutos por semana, e não perde o DSR; a nova redação permite que ele possa atrasar até duas vezes por semana, desde que a somatória desses atrasos não ultrapasse os 30 minutos.

Com relação ao jovem aprendiz, as fábricas dos setores do G10 poderão selecionar estudantes de escolas particulares de ensino profissionalizantes, desde que tenham convênio com as empresas. A CCT hoje prevê a possibilidade de seleção apenas com estudantes do SENAI.

Outros avanços são a “Promoção ao 1º emprego”, na qual a empresa assumirá o compromisso de dar oportunidade para os jovens da faixa etária de 18 a 24 anos, sem experiência comprovada em carteira e a divulgação de informações ao (à) trabalhador (a) recém-contratado (a) tais como os riscos nos locais de trabalho e a representação sindical.

Da FEM-CUT