Seminário ABC debate relações Brasil – China

Seminário

Dias 25 e 26 deste mês acontece encontro organizado pelo Sindicato para discutir a influência chinesa na indústria da região.

O ABC nas relações do Brasil e da China


O que as atuais relações comerciais entre o Brasil e a China reservam para o ABC nos próximos anos? Essa é a pergunta que o seminário Brasil/China – desafios e oportunidades

para a região do ABC tentará responder.
Desde maio passado, a China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil, deixando para trás os Estados Unidos. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, a soma das

exportações e importações para o país asiático chegou a média mensal de R$ 5,4 bilhões.
Embora o saldo comercial seja positivo para nós, o Brasil envia soja, minério de ferro e produtos siderúrgicos e compra produtos prontos, normalmente de maior valor.
Emprego – Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, afirma que essa relação preocupa e será o principal assunto em discussão no seminário. Outro tema é a concorrência chinesa com a

indústria brasileira.
“Tenho ouvido relatos de produtores de máquinas que, com o valor pago a uma máquina chinesa já concluída, não conseguem sequer comprar matéria prima para fazer o mesmo

equipamento aqui”, alerta.
Segundo ele, essa situação pode se transformar em um sério problema para a manutenção do emprego na região num futuro bem próximo. Além de máquinas, também eletroeletrônicos e

autopeças são setores que sentem com intensidade a concorrência chinesa.
Organizado pelo Sindicato com apoio da Anfavea, Sindipeças e Abimaq, o seminário será realizado em São Bernardo, nos dias 25 e 26 deste mês, com abertura do ministro Celso

Amorim, das Relações Exteriores, sindicalistas, empresários que mantém negócios com a China e representantes sindicais chineses.

Para Sérgio Nobre, concorrência chinesa pode provocar desemprego na região