Trabalhadores na Makita comemoram vitória

Companheiros se reuniram em assembleia na Sede do Sindicato nesta quinta-feira para conhecer detalhes do acordo com a empresa

A emoção marcou a assembleia que os trabalhadores na Makita realizaram nesta quinta-feira (8), na Sede do Sindicato, para comemorar a vitória sobre a empresa após 35 dias de luta e pressão.

“Quando a luta é mais difícil, o sabor da vitória é maior”, comemorou Moisés Selerges, coordenador de Base de São Bernardo, que acompanhou os companheiros nesse período.

“A união dessa companheirada mostrou à Makita que os trabalhadores merecem respeito e sabem negociar, não são saco de pancadas”, afirmou.

Aguerridos

Rosi Machado, diretora da FEM e trabalhadora na Makita, destacou que o clima de alto astral do encontro mostrava o espírito guerreiro de cada um que, em um momento difícil como o da perda do emprego, não desanimou.

“A luta educa”, disse ela. “Estamos saindo desse enfrentamento mais fortes e mais aguerridos para as futuras lutas que faremos por cada um de nós e pela classe trabalhadora”, completou.

Acordo Pelo acordo, além do pagamento das verbas rescisórias, os trabalhadores vão receber um salário por ano trabalhado e seguro médico de seis meses, inclusive para dependentes.

O pessoal com estabilidade terá seus casos negociados individualmente, conforme nossa convenção coletiva da categoria.

Makita provocou movimento

Desde que começaram os rumores sobre o fechamento da fábrica da Makita em São Bernardo a empresa se apressava em desmentir a notícia.

Inesperadamente, no dia 4 de setembro, ela rompeu sua palavra. Anunciou a transferência para Ponta Grossa (PR) e a demissão de todos os 285 trabalhadores.

Imediatamente o pessoal montou um acampamento diante da fábrica.

Diante da pressão, a empresa apresentou um pacote. E mais uma vez não cumpriu com a palavra.

A luta, então, ganhou as ruas e não parou até a Makita, finalmente, cumprir com a palavra dada.

A empresa mais uma vez descumpriu o acordo e os trabalhadores voltaram a protestar em frente à fábrica, onde permaneceram acampados até esta quarta.

Da Redação