Mulher metalúrgica – Vem aí o 2º Congresso

Encontro vai discutir problemas das companheiras, que são praticamente os mesmos desde o 1º Congresso, realizado há 30 anos.


Metalúrgicas organizam 2º Congresso

 

 

Lugar de mulher é no Sindicato. É com essa ideia que nosso Sindicato está organizando o 2º Congresso da Mulher Metalúrgica, previsto para acontecer em março do ano que vem.
Andréa Sousa (foto), diretora do Sindicato e coordenadora da Comissão de Mulheres, fala sobre o evento.

 

 

 

Porque fazer um congresso de mulheres?
O objetivo central é estimular a participação das companheiras no Sindicato e na atividade sindical.

O que impede as mulheres de participarem mais?
Vários fatores. O maior deles é a dupla jornada, que é o trabalho na fábrica e o cuidado com a família.

Existe também alguns preconceitos porque nossa categoria é majoritariamente masculina o que, na cabeça de muitas companheiras, causa certo constrangimento para enfrentar e se colocar num universo masculinizado.

Depois, uma parcela significativa das mulheres passa pela categoria e não faz carreira profissional como metalúrgica.

Diante dessas dificuldades, como reunir as mulheres para participar de um Congresso?
Entendemos que esse 2º Congresso é parte de um processo de organização das companheiras que a atual direção do Sindicato decidiu priorizar.

Somos apenas 13% da categoria, mas nossas demandas são iguais, ou até maiores que a dos homens.

Se pegarmos a pauta do primeiro congresso, realizado há mais de 30 anos, veremos que pouco mudou em nossas vidas no campo das relações de trabalho. Salários menores e poucas chances de promoção, só para ficar em dois exemplos das diferenças, mostram a importância da luta sindical para melhorar as condições de vida e de trabalho das metalúrgicas. Esse congresso não tem um fim em si, mas quer servir como uma das pontes com que pretendemos aumentar a participação das mulheres no Sindicato.

Marcha mundial começa em São Bernardo
No Brasil, a Marcha Mundial das Mulheres será aberta no Paço, em São Bernardo, com um ato público no próximo dia 18. Realizada a cada cinco anos, a Marcha é uma rede mundial de ações feministas que luta para eliminar a pobreza e a violência.

Com cerca de 6 mil grupos de mulheres de 163 países, suas manifestações buscam valorizar a igualdade e globalizar a solidariedade nas alianças entre mulheres e entre movimentos sociais de todo o mundo.