Makita volta a trair trabalhadores
Empresa não cumpriu o acordo e companheiros são obrigados a retomar acampamento na fábrica
Os trabalhadores na Makita, em São Bernardo, remontaram na noite desta quarta-feira (23) o acampamento que mantinham no estacionamento da fábrica.
A decisão foi tomada depois que a indústria de ferramentas elétricas se recusou a cumprir o acordo que havia fechado no último sábado com os companheiros.
“Mais uma vez a Makita traiu os trabalhadores e só confirmou seu comportamento de total descaso com a categoria”, protestou a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos e trabalhadora na fábrica, Rosi Dias Machado.
Ela garantiu que, desta vez, o pessoal não vai desmontar o acampamento até que a empresa cumpra a palavra empenhada. “A luta já recomeçou e vamos até o final”, garantiu Rosi.
A campanha dos companheiros e companheiras na Makita começou dia 4 de setembro, quando a empresa, subitamente, anunciou o fechamento da fábrica e a demissão de todos os 285 trabalhadores e trabalhadoras na planta de São Bernardo.
Imediatamente o pessoal montou um acampamento no estacionamento da fábrica e ficaram lá por 18 dias, até conseguiram da empresa a promessa de que receberiam um pacote de benefícios além dos direitos.
O pacote, aprovado sábado, em plenária na Sede, estabelece indenização conforme o tempo de casa, tempo adicional de convênio médico e abertura de negociação para os casos estáveis, como trabalhadores com restrição médica, em via de aposentadoria e com contratos suspensos, entre outros.
Da Redação