Sem aumento real, bancários também rejeitam reajuste de 4,5%

Assembleia de trabalhadores será realizada no dia 23, em São Paulo, para definir sobre greve por tempo indeterminado a partir do dia 24 de setembro

Após quatro rodadas de negociação, a federação dos bancos (Fenaban) propôs, nesta quinta 17, reajuste salarial de 4,5%, sem aumento real para uma inflação de 4,4% e PLR menor do que 2008. Atualmente os bancos podem distribuir até 15% do lucro líquido a título de PLR para os trabalhadores e com essa proposta, reduzem o patamar para 4%. Os banqueiros também recusaram-se a colocar em convenção coletiva cláusula de proteção aos empregos em caso de fusão.

A proposta foi prontamente rejeitada ainda na mesa de negociação pelo Comando Nacional dos Bancários. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 10% e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.850.

“Os banqueiros perderam mais uma chance para buscar um acordo na mesa de negociação, ao apresentar um reajuste que não prevê aumento real de salários e PLR menor do que no ano passado, apesar de se manterem entre os setores mais lucrativos do país. Desta forma não resta aos trabalhadores outra opção, que não seja a greve”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários.

A proposta traz dois avanços: Os banqueiros aceitaram estender direitos previstos na convenção coletiva a casais do mesmo sexo. Eles também concordaram estender a licença maternidade para seis meses, mas mesmo assim, condicionado à decisão do governo federal sobre a dedução ou não do imposto de renda.

Assembleias e greve – Assembleia de trabalhadores será realizada no dia 23, em São Paulo, para definir sobre greve por tempo indeterminado a partir do dia 24 de setembro, caso a Fenaban não apresente nova proposta.

Do Sindicato dos Bancários de São Paulo