Sintapi/CUT e centrais definem pauta de reivindicação do semestre

Recuperação das perdas entre 1994 e 2002 e aumento real são os pontos principais. O fim do fator previdenciário e a aprovação do projeto de lei que estabelece a política de valorização permanente do salário mínimo são outras duas bandeiras que compõem a pauta

Em reunião com as entidades representativas de aposentados e pensionistas, na última segunda-feira, dia 20, foi definida a pauta de luta para o segundo semestre deste ano. Uma das bandeiras é a exigência de reposição das perdas salariais acumuladas entre 1994 e 2002, que somam 39,67%.

Uma outra exigência que será apresentada ao governo federal é aumento real, neste ano, para todas as aposentadorias que superem o valor do salário mínimo. Há aproximadamente 24 milhões de aposentados e pensionistas no Brasil. Destes, 16 milhões recebem o salário mínimo e, portanto, são beneficiados pelos recentes aumentos reais. Os demais aposentados têm recebido somente a reposição da inflação.

O fim do fator previdenciário e a aprovação, pelo Congresso, do projeto de lei que estabelece a política de valorização permanente do salário mínimo até 2023 são outras duas bandeiras que compõem a pauta.

Os aposentados e pensionistas organizados vão cobrar também a retomada da Comissão de Valorização do Idoso, mesa de negociação com o governo que tem por objetivo implementar avanços em relação a transporte público, acesso a medicamentos e atendimento médico, entre outros temas, em conformidade com o Estatuto do Idoso.

Participaram da reunião que definiu essa agenda a CUT, representada pelo seu Sintapi (Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos), Força, CGTB e UGT.

Para o presidente do Sintapi, Luiz Epitácio Epaminondas (Luizão), o maior desafio é inverter a lógica de que quem se aposenta com mais de um salário mínimo está fadado a ver sua renda cair continuamente. “Junto com a assessoria econômica do Dieese, estamos estabelecendo qual o percentual necessário de aumento real para cada faixa e vamos a Brasília para cobrar negociações efetivas”, diz Luizão.

As entidades divulgarão a data da mobilização em breve.

Da CUT