Metalúrgicos de todo o Estado participam do Seminário da FEM

A reação positiva da economia brasileira diante da crise financeira mundial é um sinalizador importante que refletirá no ambiente da negociação da Campanha Salarial do ramo metalúrgico cutista.

Este foi o tema que abriu os debates do Seminário de Capacitação de Dirigentes promovido pela FEM-CUT, que começou na manhã da segunda (6) no hotel Atibainha, na cidade de Nazaré Paulista, interior de São Paulo. O evento, que termina na quarta-feira, reúne mais de 50 dirigentes dos sindicatos metalúrgicos de Taubaté, ABC, Sorocaba, Itu, Monte Alto, Matão, Pindamonhangaba, Araquarara, Cajamar, Salto e SJC (Sindiaeroespacial).

Os dirigentes participaram ativamente dos debates e teceram críticas sobre a cobertura da grande imprensa sobre a crise, afirmando que ela tem divulgado mais os aspectos negativos, do que os indicadores positivos. “Não podemos cair no jogo da mídia e dos patrões. Sabemos que a crise existe, mas o nosso país está reagindo muito bem. É importante fortalecermos a nossa unidade e mobilização nesta Campanha”, disse Hélio Honorato, Helinho, Secretário de Finanças da FEM.

Balanço das negociações
A técnica do Dieese, Adriana Marcolino, apresentou aos sindicalistas um breve resumo das negociações coletivas de trabalho de 2009. Segundo o estudo, os reajustes de 2009 tiveram uma ligeira melhora ante 2008: 96% conquistaram a reposição das perdas inflacionárias, ante 89% no ano passado. Já o percentual de negociações que garantiu reajuste acima da inflação permaneceu inalterado: 77% em 2008 e 78% em 2009.

Adriana disse ainda que é importante ter prudência ao formular o índice de reajuste de aumento real. “Valores muito absurdos, ou fora da realidade de mercado, transmitem uma imagem de descrédito para a bancada patronal, além de desqualificar o papel de interlocutor do Sindicato”, finaliza.

Presidente da FEM elogia qualidade dos debates
O presidente da FEM-CUTSP, Valmir Marques, (Biro Biro) elogiou a qualidade dos debates e a participação efetiva dos dirigentes no Seminário de Capacitação e Preparação para a Campanha Salarial, promovido pela Federação. “Queremos sair desta atividade com o compromisso de fortalecer a nossa unidade”, versou Biro Biro.

No dia 23 de julho, a Federação e os 13 sindicatos filiados farão um grande lançamento da Campanha Salarial do ramo metalúrgico cutista, em frente à FIESP, na Avenida Paulista, a partir das 10h.

Na ocasião, uma delegação de dirigentes entregará às pautas de reivindicações para as bancadas patronais dos Grupos 2, 8 e Setor Aeroespacial. No mesmo dia, também receberão as reivindicações da FEM as bancadas da Fundição, do Grupo 3 e das Montadoras — representada pelo Sindicato Nacional dos Veículos Automotores -Sinfavea.

Estão em Campanha na base da CUT no Estado de São Paulo 220 mil metalúrgicos dos setores automobilístico (Montadoras), máquinas, eletrônicos (Grupo 2), autopeças, forjaria, parafusos (Grupo 3), trefilação, artefatos de ferro, materiais ferroviários entre outros (Grupo 8); funilaria, mecânica, material bélico entre outros (Grupo 10), fundição e aeroespacial. As datas-bases iniciam em setembro (Montadoras, Aeroespacial, Fundição e Grupos 2, 3 e 8) e terminam em novembro (Grupo 10).

Seminário continua nesta terça
O Seminário continua nesta terça-feira (7) e versará questões específicas da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2009. No último dia, dia 8, os dirigentes farão uma simulação de rodada de negociação.

Bandeiras de lutas da Campanha dos Metalúrgicos da CUT:

Reposição integral do índice de inflação;

Aumento real do salário;

Valorização nos pisos salariais;

Redução da jornada de trabalho sem redução no salário;

Liberdade de organização sindical;

Ampliação dos direitos sociais.

Da FEM CUT