Economia solidária: Unisol faz seu segundo congresso

A entidade é uma espécie de central sindical das cooperativas de trabalhadores e começou a ser desenhado pela diretoria do nosso Sindicato em 1996, como alternativa à manutenção de trabalho nas fábricas em processo de falência

Às vésperas de completar 10 anos, a Unisol Brasil realizará seu 2° Congresso Nacional na segunda e terça-feiras (6 e 7), em São Bernardo. São esperados 600 delegados de todo o País, além de delegações da Europa, América Latina e do Norte.

“O número de participantes espelha a representatividade que construímos nessa década de existência”, explica o presidente da instituição, Arildo Mota.

A Unisol é uma espécie de central sindical das cooperativas de trabalhadores e começou a ser desenhado pela diretoria do nosso Sindicato em 1996, como alternativa à manutenção de trabalho nas fábricas em processo de falência.

Hoje ela representa cerca de 25 mil trabalhadores de 441 empreendimentos autogestionados, que faturaram R$ 1,2 bilhão no ano passado. Há 10 anos, eram 13 empreendimentos.

“Este salto enorme é devido ao bom momento que atravessa a economia solidária graças às políticas públicas para o setor”, prossegue Arildo, ao comemorar a liberação de uma linha de crédito de R$ 200 milhões para empresas cooperadas pelo BNDES nesta semana.

Temas
Apesar disso, Arildo diz que a economia solidária carece de um marco regulatório que dê segurança jurídica aos empreendimentos. “Quem nos garante que teremos este tipo de apoio num outro governo?”, indaga. “Precisamos de uma política de Estado permanente para o setor”, completa. Acesso ao crédito e comercialização de produtos são outros gargalos enfrentados.

O congresso vai abordar oito temas: crédito, marco regulatório, formação (técnica e política), comercialização, políticas públicas, tecnologias sociais, redes de cadeias produtivas e relações internacionais.

Entidade surgiu de fábricas falidas
O primeiro projeto de organização de cooperativas de trabalhadores apoiado pelo Sindicato ocorreu na antiga Conforja, em 1997, transformada na atual Uniforja.

Dali surgiram outras, que decidiram se unir e criaram a Unisol com o apoio dos sindicatos dos metalúrgicos do ABC e de Sorocaba e dos Químicos do ABC.

O campo de atuação ampliou e, hoje, além de fábricas, a Unisol reúne empreendimentos na área agrícola, de artesanato, textil e confecção e de reciclagem.

PROGRAMAÇÃO

6 DE JULHO

9h – Abertura Institucional do Congresso – Arildo Mota Lopes, presidente da UNISOL Brasil

9h30 – Mesa 1 – Estratégias e Ações de Acesso ao Crédito para os Empreendimentos Autogestionários

10h30 – Mesa 2 – Relações Internacionais: Cooperação Internacional e Comercio Exterior

11h30 – Mesa 3 – Comercialização, Setoriais e Cadeias Produtivas dos Empreendimentos de Economia Solidária

12h 30 – Mesa 4 – Aspectos do Marco Jurídico para as Cooperativas no Brasil

13h30 – Almoço

14h30 – Grupo de Trabalho por Setoriais – Metalurgia, Apicultura, Confecção, Reciclagem, Artesanato, Construção Civil, Fruticultura

Cooperativas Sociais, Grupos sem Setoriais

17h – Apresentação dos Trabalhos em Plenária

18h – Leitura e apreciação do Regimento Interno do Congresso

18h30 – Encerramento das Atividades do dia e Coquetel de Abertura Oficial com Apresentação Cultural

19h – Abertura Oficial

7 DE JULHO

9h – Balanço da Gestão 2006/2009

10h30 – Sustentação política e financeira da Unisol Brasil

11h – Adequação estatutária da Unisol Brasil / Debate em plenária

13h – Almoço

14h – Processo para eleição da nova diretoria e conselhos da UNISOL Brasil

16h – Mesa de encerramento

17h45 – Posse da Nova Diretoria e Encerramento do Congresso

Da Redação