Metalúrgicos trocam experiências na área gestão de trabalho

A participação e intervenção dos metalúrgicos na gestão das empresas transnacionais foi um dos temas do terceiro dia da Conferência Internacional "Expressões da Globalização, Análises Comparativas Brasil-Alemanha"

A participação e intervenção dos metalúrgicos na gestão das empresas transnacionais foi um dos temas do terceiro dia da Conferência Internacional “Expressões da Globalização, Análises Comparativas Brasil-Alemanha”, que reúne cerca de 200 dirigentes sindicais metalúrgicos dos dois países. O evento, realizado no Hotel Caesar Park em São Paulo, começou no dia 30 de junho e termina nesta sexta-feira, dia 3 de julho.

O diretor da Previ, Ricardo Sasseron, abriu o debate avaliando os volumes de reservas dos aposentados brasileiros e a importância da contribuição dos trabalhadores para as reservas do País. “A participação de conselheiros nos fundos de pensão, ajudando e avaliando os investimentos é importantíssima para a boa rentabilidade do fundo”, disse.

Brasil-Alemanha
Valter Sanches, Secretário-Geral da CNM/CUT, falou sobre os comportamentos que as empresas alemãs têm no Brasil e no próprio país. “O Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de empresas alemãs, perde apenas para a própria Alemanha”, afirmou.

Sanches contextualizou as primeiras manifestações do modelo de cogestão no Brasil e detalhou algumas falhas. “A cogestão foi uma grande conquista do povo alemão, porém, foi um fenômeno que não se expandiu nem na União Europeia. Neste momento de crise profunda da globalização, a questão da cogestão tem sido duramente atacada pelos empresários na Alemanha”, explicou.

Diferenças
Dietmar Hexel, diretor da central sindical alemã DGB e da Fundação Hans Böckler, apresentou as diferenças entre o Brasil e a Alemanha, citando como, exemplo o número de sindicatos. “Enquanto no Brasil, o modelo sindical faz com que existam 22 mil sindicatos, na Alemanha são apenas 8”.

Também participaram desta mesa de debates o Secretário de codeterminação do IG Metall Thomas Otto e o presidente da ANAPAR, Dietmar Hexel.

O evento, organizado pela CNM-CUT, continua nesta sexta-feira.
3 de julho
9h30 – O Enfrentamento da Crise pelo Governo e as Relações com os Movimentos Sociais: Luis Dulci (Secretaria-geral da presidência da República)
11h30 – Trabalho em Grupo
14h00 – Experiências de Cooperativismo e Economia Solidária: Paul Singer (Secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho), Burchard Bösche (Associação Alemã de Cooperativas de Consumidores) e Arildo Lopes (Unisol)
17h00 – Encerramento: Carlos Grana (CNM/CUT), Claudir Nespolo (Instituto Integrar), Nikolaus Simon (FHB) e Artur Henrique (CUT)

Da CNM-CUT com FEM-CUT