Metalúrgicos da CUT aprovam bandeiras de lutas da Campanha Salarial

Reposição integral do índice de inflação; aumento real do salário; valorização nos pisos salariais; redução da jornada de trabalho sem redução no salário; liberdade de organização sindical e ampliação dos direitos sociais são alguns dos temas que nortearão a campanha

Os metalúrgicos da CUT de todo o estado de São Paulo definiram no sábado (27) as principais reivindicações da campanha salarial 2009. A Plenária Estatutária foi realizada na Sede. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, abriu os trabalhos, ao lado do presidente da Federação, Valmir Marques (Biro Biro), do Diretor da Executiva da CUT Nacional e ex-presidente do SMABC, José Lopes Feijóo, da Secretária da Mulher da FEM, Rosimar Dias Machado (Rosi), do Diretor da FEM, José Carlos, e do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Cícero Firmino (Martinha).

No seu discurso, Nobre disse que neste ano a Campanha Salarial não será fácil, porque o cenário de hoje é bem diferente do ano passado. “A crise financeira mundial atingiu parte do setor metalúrgico. Por exemplo, o setor automobilístico está indo bem, graças à medida do governo federal que reduziu e prorrogou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Já o setor de máquinas tem atravessado dificuldades”, explicou.

No entanto, ressaltou que o governo Lula deve anunciar na segunda-feira (29) a prorrogação do IPI para o final de setembro e também lançará um novo pacote de desoneração de impostos para o setor de bens de capital. O presidente do Sindicato reforçou que “a unidade dos metalúrgicos nesta Campanha será fundamental para celebrar bons acordos”.

Reivindicações e calendário de assembleias
Os dirigentes aprovaram por unanimidade as seguintes bandeiras de lutas que nortearão a Campanha do ramo neste segundo semestre: reposição integral do índice de inflação; aumento real do salário; valorização nos pisos salariais; redução da jornada de trabalho sem redução no salário; liberdade de organização sindical e ampliação dos direitos sociais.

Outro encaminhamento é que no período do dia 29 de junho a 19 de julho os sindicatos deverão realizar as assembleias para apresentar os eixos da Campanha para a categoria.

No dia 23 de julho, a FEM-CUT fará um lançamento oficial da Campanha e, na ocasião, entregará às bancadas patronais as pautas de reivindicações do ramo metalúrgico.

Estão em Campanha 220 mil metalúrgicos dos setores automobilístico (Montadoras), máquinas, eletrônicos (Grupo 2), autopeças, forjaria, parafusos (Grupo 3), trefilação, artefatos de ferro, materiais ferroviários entre outros (Grupo 8); funilaria, mecânica, material bélico entre outros (Grupo 10), fundição e aeroespacial. As datas-bases iniciam em setembro (Montadoras, Aeroespacial, Fundição e Grupos 2, 3 e 8) e terminam em novembro (Grupo 10).

Bandeiras de lutas da Campanha dos Metalúrgicos da CUT
Reposição integral do índice de inflação;
Aumento real do salário;
Valorização nos pisos salariais;
Redução da jornada de trabalho sem redução no salário;
Liberdade de organização sindical;
Ampliação dos direitos sociais.

Da Redação, com informações FEM-CUT