Serra desrespeita data base e provoca revolta de funcionalismo publico

Trabalhadores de várias categorias realizam ato unificado nesta sexta-feira (29), na Praça da Sé; Algumas entidades farão concentração em outros pontos da cidade e de lá seguirão em passeata até o local, como os professores que sairão da Praça da República

Os trabalhadores de várias categorias do funcionalismo público estadual fazem ato unificado da Campanha Salarial nesta terça-feira (29), às 15 horas, na Praça da Sé, no Centro de São Paulo.

A última reunião com representantes do Governo do Estado aconteceu no dia 18 de fevereiro. Uma Comissão do Conselho de Representantes dos Servidores Públicos Estaduais, presidido pelo professor Carlos Ramiro de Castro, da Apeoesp, foi recebida pelo secretário adjunto da Secretaria de Gestão Pública, responsável pela gestão de pessoal, que ficou de analisar a pauta de reivindicações e agendar nova reunião que não aconteceu até o momento. Entre as entidades sindicais que fazem parte do Conselho estão Sindsaúde-SP, Apeoesp, Afuse, Sinteps, Simesp e Sindpsi.

Apesar de ter sido aprovada pela Assembléia Legislativa, o Governo Serra não respeita a data-base – 1º de março. Entre os pontos da pauta de reivindicações entregue ao Governo, foram cobrados o cumprimento da data-base em 1º de março, a reposição de perdas salariais do funcionalismo, o aumento do vale-refeição e o reconhecimento do Sistema de Negociação Permanente (SINP) no estado, instituído pela Lei 12.638/07.

Algumas entidades farão concentração em outros pontos da cidade e de lá seguirão em passeata até o local, como os professores que sairão da Praça da República e o pessoal do judiciário, da Praça João Mendes. As entidades do funcionalismo também distribuirão coxinhas junto com uma carta aberta para
denunciar o valor do vale refeição de R$ 4,00.

Hoje o estado gasta 39% da arrecadação com salário. É o estado brasileiro que gasta menos com o funcionalismo. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo pode gastar até 49%. Isso significa que há condições financeiras para repor as perdas salariais reivindicadas. Atualmente parte da categoria precisa receber um abono complementar para que sua remuneração alcance o salário mínimo regional definido pelo próprio Governo do Estado de São Paulo.

Também acontecerão atos regionais em todo o estado. Em Araraquara, o ato acontecerá na Praça Santa Cruz, centro da cidade, às 14 horas, e também serão distribuídas coxinhas com uma carta aberta à população.

Do SindSaúde