FITIM conclama sindicatos para um verdadeiro desafio ao neoliberalismo

A criação de sindicatos nacionais fortes, o fortalecimento da negociação coletiva, a defesa dos direitos dos trabalhadores, a criação de um contrapeso ao poder das empresas multinacionais e a luta pelo comércio, desenvolvimento e empregos sustentáveis serão as principais tarefas da FITIM nos próximos quatro anos

No terceiro dia do 32º Congresso Mundial da FITIM, realizado em Gotemburgo, na Suécia, os delegados debateram e adotaram os artigos 3.4 e 3.5, aprovando por unanimidade, a totalidade do Programa de Ação da FITIM 2009-2013.

Falando do apoio da Seção 3.4, sobre a criação de um contrapeso ao poder das empresas multinacionais, Bernardo Rangel Sergio (SITIMM, México) disse: “Necessitamos de uma política mundial para combater o poder das Multis mediante uma maior cooperação entre sindicatos para obter mais igualdade.”

Bob, membro do sindicato estadunidense United Auto Workers (UAW), ofereceu seu compromisso pessoal e reivindicou aos demais a unir-se a ele para que os membros participem e intervenham na ação direta da luta para potencializar o poder sindical.

O secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Valter Sanches, foi o responsável por apresentar o artigo 3.5 que trata sobre a luta pelo comércio, desenvolvimento e empregos sustentáveis. Sanches argumentou que embora os países tenham o direito de se protegerem nestes momentos de crise, o protecionismo indiscriminado não é a resposta para resolver os problemas.

O alemão Wolfgang Rhode, do IG Metall, apoiou o artigo 3.5 e o trabalho da FITIM sobre este tema, declarando que “os países mais fracos precisam de exceções e os países em desenvolvimento necessitam de espaço suficiente para se desenvolverem.”

Com a adoção destas medidas, o Congresso Mundial da FITIM adotou por unanimidade um programa de ação centrado na criação de sindicatos nacionais fortes, o fortalecimento da negociação coletiva, a defesa dos direitos dos trabalhadores, a criação de um contrapeso ao poder das empresas transnacionais e a luta pelo comércio, desenvolvimento e empregos sustentáveis.

Como disse em sua introdução, Julius Roe (AMWU, Austrália), presidente da Comissão do Programa de Ação, durante o segundo dia do Congresso, “as coisas que nos unem são muito maiores que as coisas que nos separam. Este é um programa de ação que pode conduzir a uma solidariedade mais efetiva, a mais direitos dos trabalhadores, maior poder sindical e um verdadeiro desafio ao neoliberalismo.

Da FITIM