Proposta da CNM/CUT é aprovada para o Programa de Ação da FITIM

Metalúrgicos brasileiros aprovam a prática de solidariedade real entre as entidades sindicais metalúrgicas de todo o planeta

A Comissão do Programa de Ação da FITIM se reuniu em Gotemburgo, na quarta-feira (20), para a apresentação das emendas ao documento que será referendado no 32º Congresso Mundial da entidade. Mais uma vez, a CNM/CUT participou ativamente das discussões e conseguiu aprovar a prática sempre defendida pelos metalúrgicos brasileiros de solidariedade real entre as entidades sindicais metalúrgicas de todo o planeta.

“É uma conquista que consagra nossa concepção de solidariedade internacional e que havia sido aprovada no 7º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT (2007) para recomendar à FITIM. Durante o encontro do Comitê Central da FITIM, realizado em 2008 na Bahia, a proposta já havia sido apresentada. Agora, com algumas pequenas alterações, foi aprovada”, comemorou o secretário-geral da CNM/CUT, Valter Sanches, que faz parte da delegação brasileira na Suécia.

Abaixo, a íntegra da proposta brasileira aprovada para o Programa de Ação da FITIM:
“Sempre que uma multinacional anuncia demissões ou a diminuição das condições de trabalho em um determinado país e os trabalhadores e seus sindicatos diretamente afetados resistirem ativamente estas mudanças, a FITIM irá coordenar ações de solidariedade envolvendo todos os países onde a multinacional atua. As ações de solidariedade vão incluir, entre outras iniciativas: Campanhas de informação aos trabalhadores e à sociedade em geral, o compromisso assumido por todos os sindicatos para não aceitar a transferência da produção do país em conflito para outro; protestos e manifestações nos diferentes países em que a multinacional opera e, sempre que possível, a interrupção da produção e/ou dos fornecimentos. Nestas campanhas de solidariedade, os sindicatos do país de origem terão um papel decisivo nas ações.”

Mudanças – Neste Congresso, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, os delegados poderão formular verbalmente propostas de emendas que tenham sido rejeitadas pelo Programa de Ação, desde que a proposta tenha sido apresentada antes do dia 15 de abril.

Durante a realização do Congresso, os delegados poderão participar de diferentes resoluções e seções do Programa de Ação, pedindo formalmente a palavra, uma vez declarado aberto o assunto pertinente da ordem do dia.

A votação será realizada inicialmente com o levantamento das mãos. Os afiliados têm os votos atribuídos de acordo como número de membros que declararam possuir à FITIM, para que a Federação tenha como calcular as cotas e também só terão direito a voto os afiliados que tenham cumprido com as obrigações financeiras junto à FITIM.

Os delegados participantes do Congresso também poderão participar das eleições para o novo secretário-geral e o novo presidente da FITIM.

O atual secretário-geral, Marcello Malentacchi, deixará o cargo neste Congresso, após 20 anos na entidade e o presidente da FITIM, o alemão Jürgen Peters, também deixará a Federação após permanecer por seis anos no cargo.

Da CNM/CUT