Bancários discutem Emprego, PLR e convenção coletiva de dois anos com Fenaban

Na reunião de desta terça-feira (5) ficou definido que a próxima reunião será realizada no dia 12 de Maio. A idéia é estabelecer premissas a serem utilizadas durante a Campanha Nacional dos Bancários.

Emprego – Pela primeira vez, a Fenaban concorda em colocar na mesa de negociação a criação de regras que protejam o emprego dos trabalhadores. “A discussão é extremamente importante, principalmente um cenário de fusão”, afirma Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando.

Só o Grupo Santander em processo de fusão com Real, demitiu 3.300 bancários entre março de 2008 e março 2009, sendo mil trabalhadores apenas nos primeiros três meses deste ano.

PLR – O primeiro ponto a ser discutido é a PLR. “Há dois anos tentamos mudar a regra da PLR, para torná-la mais justa. E os balanços divulgados recentemente, com lucros diferentes para um mesmo banco, provisões elevadas e abatimento de ágio, são uma prova de a regra precisa ser mudada”, destaca Marcolino. “Queremos criar condições para uma boa negociação na campanha salarial”, ressaltou.

Em 2008, a PLR dos bancários foi composta por 90% do salário, mais valor fixo de R$ 966 e pagamento de parcela adicional de acordo com o lucro do banco. Em razão do abatimento dos efeitos extraordinários, como por exemplo, decorrentes da compra de um banco, parte da categoria teve parcela adicional reduzida, além de outros problemas que também interferiram nesse pagamento.

Acordo de dois anos – A convenção coletiva dos bancários que tem validade nacional é renovada anualmente na data-base da categoria, 1º de setembro. A proposta atual prevê discutir parâmetros para um possível acordo com validade de dois anos. A categoria conta com 445 mil bancários, sendo 120 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Dos Bancários SP