O sentido do 1º de Maio a gente revive no Paço

O Dia dos Trabalhadores nasceu sob o signo da paixão revolucionária. Ele representa a paz, a fraternidade internacional entre os trabalhadores e é símbolo da transformação social. O dia é seu, trabalhador. Inscreva-se para a corrida e para a caminhada. Acompanhe os shows. Participe do ato. Leve a família. Vamos ocupar o paço de São Bernardo outra vez


No final do século 19, cartaz italiano mostra a ideia de solidariedade internacional entre os trabalhadores

Luta e transformação pela liberdade

Em 1889, reunidos na Segunda Internacional em Paris, na França, os trabalhadores decidiram pela realização de grandes manifestações no 1º de Maio do ano seguinte, em seus países, para reivindicar a redução da jornada de trabalho.

O 1º de Maio nasceu de uma decisão política, para dar unidade à luta popular com manifestações públicas.

A escolha do mês de maio não foi aleatória. Ele já estava presente na memória dos trabalhadores.

Na Europa, os camponeses comemoravam em maio a renovação da natureza realizando grandes festas para a primavera. Era o reflorescimento depois do inverno.

A partir da Revolução Francesa, em 1789, maio passou a ser o mês de plantação das árvores da liberdade. Desde o início, o 1º de Maio absorveu os símbolos e rituais da cultura popular.
Assim, ele foi associado a um tempo de crescimento e florescimento, tudo a ver com o movimento operário e socialista que indicava esperança e renovação.

Festa e luta
O sentido que os trabalhadores deram ao 1º de Maio foi o de comemoração com manifestações de luta. Comemoração para o resgate da memória e manifestação para manter viva a unidade política e social dos trabalhadores.

A data nasceu sob o signo da paixão revolucionária. Se o 1º de Maio representava o símbolo da paz e da fraternidade internacionais, também significava a futura revolução social.
Como foi decidida a partir de uma tradição popular, a data nem sempre esteve nos calendários oficiais como a independência ou a proclamação da República,

criadas pelos governos para autocelebrar o Estado e como um instrumento de poder. Os trabalhadores sempre consideraram o 1º de Maio um dia especial. Antes de ele ser feriado, era um dia de falta coletiva, um dia fora da rotina.

Os homens de terno e as mulheres com os melhores vestidos participavam das manifestações, dos bailes públicos, dos discursos e cantavam canções e hinos. A Internacional e a Marselhesa,
o hino francês, não faltavam.

Assim, o 1º de Maio passou a ser um dia mundial de afirmação dos trabalhadores e de suas lutas contra o capital.


Cartaz francês defende oito horas de trabalho, oito horas de lazer e oito horas de descanso