Amanhã, CUT na rua contraa crise

Manifestações em todo o País vão defender emprego e renda sem retirada de direitos.


Atos da CUT por emprego e renda

Novas manifestações serão realizadas amanhã nas principais cidades do País em defesa do emprego e da renda sem retirada dos direitos dos trabalhadores.
Os atos vão denunciar a tentativa de parte do empresariado em querer jogar nas costas dos trabalhadores a conta da crise. No ABC, protesto será na Volks.
Uma das manifestações será em frente à sede da Vale do Rio Doce, no Rio de Janeiro, empresa que simboliza o oportunismo patronal.
Após lucrar mais de R$ 40 bilhões em três anos, a Vale aproveita do clima de crise para impor demissões e reduzir salários. “Muitos patrões estão agindo da mesma forma, usando a crise para aumentar a exploração e seus gordos lucros”, disse o presidente da CUT, Artur Henrique.


Artur disse que tem patrão usando a crise para aumentar a exploração e os lucros

Veja nossa pauta e por que vamos lutar por ela:

Redução drástica da taxa de juros
Menos juros significa crescimento da economia (mais produção). O Brasil tem uma da maiores taxas do mundo.

Queda do spread bancário
O spread é a diferença entre os juros que o banco paga pelo dinheiro e o que cobra pelos empréstimos.

Fim da rotatividade no emprego
O patrão usa a rotatividade para achatar o salário dos trabalhadores.

Liberação do crédito
Os bancos aproveitaram o clima de crise para aumentar os juros e exigir mais garantias para aprovar os empréstimos, prejudicando consumidores, pequenas e médias empresas.

Redução da jornada sem redução do salário
A redução da jornada semanal de 44 horas para 40 horas abrirá mais de dois milhões de postos de trabalho.

Contrapartidas sociais
Toda empresa que receber isenção de impostos ou empréstimos de bancos oficiais devem se comprometer a não demitir. Afinal, esse dinheiro é público, é do trabalhador.
Os metalúrgicos do ABC devem ficar alertas e seguir as orientações dos Comitês Sindicais e Comissões de Fábrica.

Ato exige ações do governo estadual

Em São Paulo, a CUT vai realizar grande panfletagem e ato para reivindicar que o governo do Estado negocie com os trabalhadores ações para superar a crise e reverter as demissões.

Serra
A CUT quer que os governos estaduais tomem decisões que estimulem os investimentos produtivos, que geram emprego e renda.
Até agora, a única medida de Serra foi destinar R$ 4 bilhões para socorrer as empresas, dinheiro que recebera dias antes do governo federal pela venda da Nossa Caixa.