CUT e Abimaq fecham proposta para preservar empregos

A CUT e a Associação Brasileira de Máquinas apresentaram propostas para preservar o emprego dos 243 mil trabalhadores no setor.

CUT e Abimaq fazem proposta conjunta


Luiz Aubert Neto, da Abimaq, Artur, da CUT e Grana, da Confederação dos Metalúrgicos

A CUT e a Associação Brasileira de Máquinas (Abimaq) apresentaram propostas para a manutenção do emprego e do salário dos 243 mil trabalhadores do setor, tendo como contrapartida a redução temporária da carga tributária.
Pela proposta, os fabricantes de bens de capital deixariam de pagar, durante quatro meses, o PIS/Cofins ao governo federal e o ICMS ao governo estadual.
Esses impostos, que já são devolvidos aos empresários em 12 ou 24 parcelas, seriam devolvidos no ato da compra.
Na prática, isso significa antecipar os valores que seriam devolvidos mensalmente. A proposta prevê uma queda de 20% no preço das máquinas compradas no País.
As empresas, em troca, manteriam o nível de emprego.

Agenda positiva
O presidente da CUT,Artur Henrique, disse que a roposta servirá para criar uma agenda positiva para o enfrentamento da crise.
“Queremos mostrar que existe espaço para uma saída que não seja demissão ou redução salarial”, disse Artur. Ele destacou que não se trata de renúncia fiscal, mas de uma desoneração temporária que vai estimular a retomada da venda das máquinas.
O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, afirmou que é contra a redução de jornada com redução salarial. “Antes de chegarmos ao limite de demitir e diminuir jornada e salário, temos outras possibilidades que estão nesta agenda positiva”, destacou.
As duas entidades vão encaminhar as propostas para o governo federal e os governos estaduais.