CUT promove debate sobre comunicação no FSM

Emir Sader, Beto Almeida e Artur Henrique participam da atividade promovida pela Central Única dos Trabalhadores

Na próxima sexta-feira (30), às 15h30, a Central Única dos Trabalhadores promove durante o Fórum Social Mundial, em Belém, a mesa de debate “A comunicação dos trabalhadores na disputa ideológica – A construção de novos instrumentos a partir de uma análise crítica dos meios”.

A Conferência que acontece na UFRA/UFPA Profissional – Auditório Setorial Básico contará com a participação do professor Emir Sader, secretário executivo do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (Clacso) e dirigente do Laboratório de Políticas Públicas da UERJ, do jornalista Beto Almeida, diretor da Televisão do Sul (Telesul), e do presidente nacional da CUT, Artur Henrique. A mesa será coordenada pela secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, e tem o apoio da CGTP-In, de Portugal.

Na avaliação de Emir, em sua nona edição, o FSM tem o desafio de atualizar-se frente à “luta real” contra o neoliberalismo e à nova configuração política da América Latina. “Desde que ele se fundou, a luta contra o neoliberalismo passou de resistência à construção de alternativas, do que a América Latina é a melhor expressão”, avalia Emir, que lançará durante o evento seu livro A Nova Toupeira, em que faz uma análise sobre as mudanças nos rumos da política latino-americana. Para o renomado intelectual brasileiro, este é o momento do Fórum romper a barreira do discurso e passar para a apresentação de modelos alternativos de organização social e econômica.

“Antes, o que nos restava era anunciar que um outro mundo era possível. Desde então há alternativas concretas sendo construídas. Se ele [o Fórum] não tiver propostas para a crise do neoliberalismo de hoje, se ele não tiver propostas para a paz no mundo, se ele não tiver propostas de construção de modelos alternativos, ele vai ficar para trás. Espero que não seja apenas como uma análise crítica, mas propostas de uma alternativa”, avalia. “A carta original do FSM falava na participação só de movimentos sociais e expressamente excluía forças políticas. O problema é que as alternativas passam por governos. É preciso rearticular de uma maneira nova a luta social com a luta política”, defende Emir, avaliando positivamente a participação dos presidentes Lula, Chávez, Evo, Lugo e Rafael Correa, marcada para a próxima quinta-feira (dia 29).

Da CUT