Sindicato quer abc unido para enfrentar a crise

O Sindicato vai realizar um grande seminário entre os trabalhadores para organização de uma agenda própria para enfrentar a crise. Sérgio Nobre apresentou a proposta ontem ao presidente Lula, que prometeu apoio total à iniciativa.



Lula apóia proposta apresentada pelo Sindicato

O presidente Lula garantiu ao presidente do nosso Sindicato, Sérgio Nobre, que colocará seus assessores e os ministérios do governo à disposição para que o ABC realize um grande seminário que elabore saídas para a crise.
A informação foi dada após audiência no Palácio do Planalto, ontem.
Segundo Sérgio Nobre, será neste seminário que os trabalhadores poderão definir uma agenda própria para a superação dos problemas econômicos atuais.
Além do governo federal, o seminário deve envolver trabalhadores, prefeituras da região, governo estadual e empresários.

Negociação
“A iniciativa do Sindicato em busca do diálogo entre os atores sociais é muito importante e tem todo o meu apoio”, disse Lula a Sérgio Nobre.
Para o presidente do Sindicato, essa ação é mais que urgente, já que existe muita gente dando palpite errado sobre a crise.
“Isso acaba criando um ambiente que desagrega. Por isto, precisamos ter um diagnóstico adequado sobre a conjuntura econômica e, a partir daí, decidir qual o caminho a seguir.
Essa ação poderá ser semelhante à Câmara Setorial, que existiu nos anos 1990″.
Sérgio Nobre acredita que é preciso fazer um debate mais amplo sobre as medidas emergenciais e de longo prazo a serem adotadas para vencer a crise.


Barba, Feijóo e Sérgio Nobre no encontro com Lula

Rotatividade
“A sociedade está fazendo mal o debate, apontando a redução salarial como única alternativa”, afirmou.
O presidente do Sindicato mostrou a Lula levantamento elaborado pela Subseção do Dieese do Sindicato sobre a rotatividade na categoria e disse temer que as empresas usem a crise como motivo para acelerar a troca de trabalhadores com o objetivo de reduzir salários.

Irresponsabilidade
Ele voltou a repetir que isso acontece porque é muito barato e fácil demitir no Brasil, o que leva as empresas a tomarem essa decisão mesmo antes de conhecer o real tamanho do que está acontecendo.
Também participaram da audiência o diretor administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba; a coordenadora do Departamento Jurídico, Adriana Terra; e o diretor executivo da CUT Nacional, José Lopez Feijóo.