Bancários protestam contra demissões no Santander

Categoria se reúne com presidente Lula e com direção do Banco para reverter situação. As 19h, sindicato faz assembléia com a categoria

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região participa nesta segunda-feira (19) da reunião que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) fará com sindicatos de todo o Brasil para organizar uma grande mobilização nacional intitulada “Os Trabalhadores e Trabalhadoras não pagarão pela crise!”.

Na mobilização, CUT vai defender a posição de que a solução para o enfretamento à crise e aos efeitos que ela tem causado na economia brasileira é a geração de emprego e de renda. Os dirigentes sindicais vão discutir também ações de enfrentamento à crise e traçar um cronograma de mobilizações a serem realizadas em todo o País.

Ainda nesta segunda, o sindicato fará uma plenária com os trabalhadores, às 19h, no auditório azul da sede, para falar das demissões e traçar estratégias de luta. Na quinta-feira, há uma reunião entre dirigentes do Sindicato e diretores do Santander, que faz parte de um cronograma de negociação para tratar da fusão. “Vamos cobrar da direção do banco as dispensas que foram feitas em pleno processo negocial”, diz Rita Berlofa.

MANIFESTAÇÃO

A última sexta-feira (16) foi marcada por protestos dos trabalhadores do Grupo Santander Brasil contra a atitude do banco que acumula lucros no Brasil e em troca reforça a crise que está elevando os números do desemprego. Na quinta-feira, mais de 400 trabalhadores foram dispensados pela empresa em todo o País – a maior parte do Real.

Os atos de protesto, organizados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, aconteceram na matriz do banco Real, no Centro Administrativo Operacional (CAO) do Real — na região da Paulista — e no Centro Administrativo Santander (Casa 1) — em Santo Amaro.

Além de conversar com os bancários, os dirigentes sindicais alertaram a população sobre o desserviço que o banco está prestando à sociedade brasileira e denunciaram que em outubro passado, quando da visita ao Brasil de Emilio Botin, presidente mundial do banco, foi reafirmado que o processo de integração do Santander-Real não era uma reestruturação, mas um projeto de expansão e crescimento. “Como pode haver crescimento com demissão de bancários?”, questiona a diretora do Sindicato, Rita Berlofa. “Isso é inadmissível, tem que acabar, principalmente num banco com excelentes resultados no Brasil e no mundo. Os trabalhadores brasileiros querem respeito.”

Dos Bancários de SP