Químicas conquistam 180 dias de licença-maternidade

A ampliação de dois meses está prevista na Lei 11.770, sancionada recentemente pelo presidente Lula, porém os dois meses acrescidos são opcionais

As trabalhadoras químicas do ABC que trabalham nas empresas CBC, de Ribeirão Pires, e na CGE, de Mauá, conquistaram uma importante reivindicação: a ampliação da licença-maternidade de 120 para 180 dias.
 
Essa ampliação de dois meses está prevista na Lei 11.770, sancionada recentemente pelo presidente Lula, porém os dois meses acrescidos são opcionais, ou seja, a empresa pode ou não incluí-los na licença maternidade de 120 dias prevista na Constituição Federal.
 
A reivindicação fazia parte dos eixos da Campanha Salarial 2008 dos trabalhadores no setor químico de todo o Estado, mas não entrou no acordo da Convenção Coletiva. Na região do ABC, as duas únicas empresas que concordaram com a inclusão desse benefício foram a CBC e a CGE.
 
“Muitas companhias ainda são resistentes, mas acredito que com o tempo essa realidade possa mudar, afinal uma licença-maternidade maior garante o direito da criança de estar mais tempo ao lado da mãe para ser amamentada por no mínimo seis meses, tempo recomendado pelas campanhas do Ministério da Saúde”, comenta a coordenadora da Comissão das Mulheres Químicas do ABC e diretora do Sindicato dos Químicos do ABC, Maria da Penha Fumagalli.
 
A CBC tem cerca de 1.300 trabalhadores, sendo 27% mulheres, e o Grupo CGE, 500, destes 30% são mulheres.

Do Sindicato dos Químicos do ABC