Lula convida centrais sindicais para debater a crise

Reunião acontece na próxima quarta-feira (26), em Brasília. Para sindicalistas, um dos principais problemas da economia está na falta de crédito ao consumidor, apesar de o governo ter colocado dinheiro em circulação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou os dirigentes das centrais sindicais e lideranças dos movimentos sociais para uma reunião no Palácio do Planalto na próxima quarta-feira (26), às 13h30. Na oportunidade, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fará uma exposição da situação econômica do país.

Esta semana os dirigentes das centrais, CUT, Força Sindical e outras, formalizaram documento que será entegue ao presidente Lula.  O documento diz que as Centrais propõem, nesse momento de crise, o resgate dos principais pontos que orientaram a construção da Agenda dos Trabalhadores pelo Desenvolvimento, tendo como prioridade absoluta, medidas voltadas para a geração de emprego e renda.

E prossegue: “O movimento sindical brasileiro pretende preservar o caminho do crescimento. Diante dos riscos de desaceleração da atividade econômica, apoiamos o teor das medidas emergenciais tomadas pelo governo. Entretanto, consideramos que são necessárias a adoção de políticas e medidas de contrapartidas sociais que visem a proteção
dos trabalhadores e da população pobre.”

O documento finaliza afirmando que: “Reconhecemos, ademais, que a superação mundial da crise vai depender de uma nova arquitetura do sistema financeiro mundial. A desmontagem da especulação financeira cobra um preço alto daqueles que não fizeram parte da festa dos ganhos fáceis. O Brasil terá voz decisiva na construção desse novo arranjo internacional se for capaz de propor uma agenda viável para o enfrentamento da pobreza e da concentração de renda. Em parte, isso está em curso no nosso país. Mas, é preciso avançar muito mais. O Movimento  indical dos Trabalhadores está pronto a exercer papel ativo e ser importante referência na construção desta nova ordem econômica e social. Enfrentar a especulação financeira, controlar os fluxos de capitais, tributar com justiça e, sobretudo, reforçar as políticas sociais que garantam a inclusão de todos, fazem parte dessa agenda para viabilizar a superação da crise na direção que interessa aos trabalhadores e ao povo”.

Da Redação