Funcionários da Probel são demitidos e saem de mãos vazias

Sindicato organizou um acampamento em frente a fábrica para cobrar dívida

Cerca de 326 funcionários da fábrica de colchões Probel, em Suzano, foram demitidos entre os dias 27 de outubro e 4 de novembro e não receberam ainda o dinheiro das suas rescisões. Os empresários argumentam que a indústria passa por uma crise financeira há um ano e teve de cortar parte do quadro geral de empregados, sobretudo na linha de produção.

Os companheiros do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Mogi das Cruzes, Suzano e Região se uniram aos trabalhadores e montaram na última sexta-feira (14) um acampamento em frente à sede da empresa para cobrar a dívida que a indústria tem com seus ex-funcionários.

Além disso, eles estão mobilizados para impedir que a Probel venda os equipamentos e deixe de quitar o débito com os trabalhadores. Na madrugada da sexta-feira (14) os manifestantes barraram um caminhão que tentava entrar na fábrica para retirar os equipamentos e vendê-los sem ressarcir os funcionários. “Nós estamos revistando todos os caminhões e iremos barrar todos que tentarem retirar algo de dentro da fábrica”, enfatiza Josemar Bernardes André, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Mogi das Cruzes, Suzano e Região.

Na segunda-feira, o Sindicato organizou uma assembléia para alertar os 380 funcionários que estão na ativa sobre uma provável venda de todas as máquinas de produção para o pagamento de credores que questionam as dívidas da na Justiça.

O Sindicato aguarda agora a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre o dissídio coletivo que deverá ser julgado nesta terça-feira (18), aconselhando os trabalhadores a manter-se no batente. A Probel pede o desbloqueio de uma conta para poder arcar com as despesas pendentes com os trabalhadores. “Se o resultado de amanhã não for positivo, nós iremos radicalizar as nossas ações”, destaca Josemar.

Da CUT SP