Unibanco e Itaú dizem a bancários que não vão demitir nem fechar agências

Após reunião com dirigentes do sindicato da categoria, representantes dos dois bancos reafirmaram que não haverá fechamento de agências e se comprometeram com o processo de negociação permanente exigido pelos bancários

O Sindicato reuniu-se com os diretores de recursos humanos do Itaú, Marcos Carnielli, e do Unibanco, Sérgio Fajerman. O encontro, realizado na tarde desta segunda (10) foi o primeiro após o anúncio da fusão entre as duas empresas e teve o objetivo conseguir dos bancos um compromisso formal com três pontos fundamentais para os trabalhadores: a manutenção do número de agências, dos empregos e direitos dos 104 mil funcionários da nova instituição, além de um processo de negociações permanentes.

 

Os representantes dos bancos reafirmaram que não haverá fechamento de agências – os dois bancos somam atualmente 4.800 agências e Postos de Atendimento Bancário (PABs) – e se comprometeram com o processo de negociação permanente.

 

“Cobramos que os diretores do Itaú e do Unibanco assinassem um documento que confirmasse o que foi dito pelos presidentes dos bancos, após o anúncio da fusão”, relata o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. Roberto Setúbal, do Itaú, e Pedro Moreira Salles, do Unibanco, afirmaram que estão criando um novo banco e que não haveria demissões nem fechamento de agências: “estamos fazendo esse negócio olhando para o crescimento, não para a redução”.

 

Para o presidente do Sindicato, demissões seriam totalmente injustificadas. “A fusão transforma esse novo banco no maior do Brasil e do hemisfério sul, com condições de concorrer com grandes instituições do mundo. Ou seja, não precisam demitir, pelo contrário, devem contratar para fazer frente ao grande negócio que acabaram de concretizar”, diz Marcolino.

 

No papel – Os diretores do Sindicato deixaram claro que esperam para a próxima reunião – que deve ter a data anunciada até sexta-feira (14) – a assinatura de um documento com o compromisso formal pela manutenção das agências, dos empregos e dos direitos, além de um cronograma de negociações.

 

“Deixamos claro que é isso que queremos, ou seja, não há sentido fazer uma nova reunião se não for para avançarmos nesse assunto”, completa Marcolino. Enquanto isso, o Sindicato orienta os bancários a denunciar caso ocorram demissões. “Não pode haver dispensa enquanto há um processo de negociação em curso”, destaca o presidente do Sindicato.

 

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