CUT faz ato pela democratização da comunicação

Objetivo é acabar com o monopólio de algumas famílias sobre a mídia brasileira

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), ao lado de entidades que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), o Coletivo Intervozes e diversas entidades realizam ato público nesta terça-feira (13) pela Democratização da Comunicação no Brasil.

O ato faz parte da programação da Semana pela Democratização da Comunicação que mobiliza entidades de todo o País. Em sua sexta edição, o evento é um protesto contra o verdadeiro monopólio da comunicação por algumas famílias, que já dura anos no Brasil.

O objetivo foi convocar a I Conferência Nacional de Comunicação, nos mesmos moldes que já aconteceram em outras áreas – como Saúde, Educação e Meio Ambiente – um espaço que reúna sociedade civil, governo e empresários da comunicação para definir as diretrizes para o funcionamento do sistema de comunicação no País. 

Neste ano, além da convocação da I Conferência Nacional de Comunicação; a semana reivindica democracia e transparência nas concessões de rádio e TV e o fim da criminalização dos movimentos sociais pela mídia.

A semana também reforçará a necessidade de revisão dos processos de outorga e renovação das concessões de rádio e TV, para que passem a ser feitas com critérios democráticos, transparentes e com participação popular.

Nas capitais as outorgas das principais redes de TV do país estão vencidas há um ano – sem terem sido devidamente avaliadas pelos órgãos responsáveis. Por isso, as audiências e atos de rua previstos na programação serão momentos para que a sociedade possa fazer sua avaliação sobre como as empresas vêm utilizando estas concessões que são públicas.

“O ato que realizaremos nesta terça demonstra que os movimentos sociais estão dispostos a mudar esta situação de omissão da realidade, de inversão de valores e de reinvenção do real que tem se perpetuado há décadas em nosso país através do meios de comunicação de massa, dominados por grupos comandados por meia dúzia de famílias que não representam em nada a sociedade brasileira, muito menos seus interesses, sobretudo, da classe trabalhadora, ressalta Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT. 

“A população precisa saber quem são os verdadeiros piratas”, denuncia Antonio Carlos Spis, da executiva nacional da CUT e da coordenação da CMS. “Queremos despertar o interesse da sociedade para o tema, revelando para os trabalhadores e trabalhadoras o que de fato acontece nesta “terra de ninguém” que são as TVs e Rádios no nosso país. Queremos mostrar o que está por trás do cenário dessa ficção imposta, onde os movimentos sociais são criminalizados e desrespeitados”, declara.

Da CUT