BNDES e Ministério da Saúde assinam contrato de R$ 31,5 mi para expansão da Rede BrasilCord

O objetivo é armazenar cerca de 50 mil cordões nos 12 bancos integrantes da Rede, número considerado ideal para, juntamente com os doadores voluntários de medula óssea, suprir a demanda de transplantes no Brasil

A Rede BrasilCord, que reúne os bancos públicos de sangue de cordão umbilical e placentário, terá  R$ 31,5 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para sua ampliação. O contrato entre o BNDES e o Ministério da Saúde foi assinado na sexta-feira (14). Os recursos serão utilizados na estruturação de oito novas unidades da Rede, coordenada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).
  
Para contemplar toda a diversidade genética do povo brasileiro, os bancos serão construídos no Pará, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal. O objetivo é armazenar cerca de 50 mil cordões nos 12 bancos integrantes da Rede, número considerado ideal para, juntamente com os doadores voluntários de medula óssea, suprir a demanda de transplantes no Brasil.
  
Os recursos destinados à Rede são provenientes do Fundo Social do BNDES e serão administrados pela Fundação Ary Frauzino (FAF), para a Pesquisa e Controle do Câncer, responsável pela logística do projeto e a prestação de contas dos recursos financeiros.  
Hoje, a Rede BrasilCord conta com quatro bancos instalados no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, no Hospital Albert Einstein (São Paulo) e nos hemocentros de Campinas e Ribeirão Preto.  Além da construção das novas unidades da Rede BrasilCord, os recursos serão utilizados em compra de equipamentos dos bancos já em funcionamento e no treinamento de recursos humanos. Para fortalecer ainda mais a Rede, o Laboratório de Imunogenética do Inca (referência para os exames da BrasilCord) também receberá melhorias.
  
O diretor geral do Inca, Luiz Antonio Santini, da Rede BrasilCord, destacou o sucesso da parceria entre o BNDES, o Ministério da Saúde e a FAF. “Juntos conseguimos reduzir os cerca de dez anos previstos para a implementação de uma rede deste porte para os dois anos em que foi executado o processo”, afirmou. “Hoje contamos com quatro unidades e, com estes recursos, somaremos mais oito centros. Com isto, o perfil genético da população brasileira será traçado, permitindo um maior número de transplantes, em geral, e os de medula. É um momento muito especial”, comemorou.

Células-tronco – O sangue do cordão umbilical é rico em células-tronco. Este material é utilizado em tratamentos de doenças de sangue, como leucemias e anemias, porque tem a capacidade de regenerar a medula óssea, responsável pela produção das substâncias do sangue. Quando há um paciente com indicação de transplante de medula óssea, suas características genéticas são comparadas com as unidades do sangue dos cordões armazenados em bancos públicos e com os doadores voluntários de medula óssea para verificar a compatibilidade.

O transplante é semelhante ao realizado quando há um doador, ou seja, o paciente recebe as células-tronco por meio de transfusão.

Do Em Questão